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Extra encerra atividades e força fechamento de lojas Ortobom

Por Natalia Concentino - 17 de Janeiro 2022
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De acordo com uma reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, comerciantes que possuem lojas Ortobom em unidades do Extra no Rio de Janeiro e Ceará encontraram seus estabelecimentos trancados com correntes. Segundo apurou o jornal, esse fato aconteceu na última quinta-feira (13) com os franqueados da Colchões Ortobom que possuem unidades no Extra Alcântara, localizado no Rio de Janeiro, e nos cearenses Extra Montese e Extra Mister Hull.

Mas, essa não é a primeira vez que os franqueados da marca de colchões enfrentam problemas com o Extra, pois no dia 05 de janeiro foi registrado um caso semelhante em um hipermercado da rede em Salvador (BA) e, em dezembro, o mesmo já havia acontecido com a loja de colchões instalada no Extra Niterói (RJ).

Segundo a reportagem da Folha de S. Paulo, a atitude inusitada foi motivada pela rescisão unilateral do contrato de locação do Extra com os lojistas que têm pontos nas galerias que dão acesso aos hipermercados ou nos estacionamentos das lojas.

Em outubro passado, o Extra, controlado pelo GPA (Grupo Pão de Açúcar), vendeu seus pontos para o Assaí, e o atacarejo pretende reformar alguns desses pontos em unidades com a sua bandeira. Por isso, o GPA Malls, responsável pela locação dos espaços, começou a esvaziar os hipermercados, resultando na rescisão unilateral dos contratos.

De acordo com as informações obtidas pela Folha, o GPA estaria oferecendo uma indenização considerada irrisória pelos lojistas, de 10% das vendas do primeiro semestre de 2021, que foi um período fraco em vendas por conta da pandemia.

À Folha de S. Paulo, o diretor comercial da Ortobom, Rubens Francisco Dias Filho, afirmou que: “... todos os nossos franqueados estão com o aluguel e demais obrigações contratuais em dia. Eles não podem impedir o acesso se a própria loja do Extra está funcionando”.

Segundo foi apurado, os casos das lojas acorrentadas foram resolvidos pela administração de cada unidade, perante a ameaça de chamar a polícia.

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“Os contratos de locação são com a Ortobom, não com os franqueados. Mas eles enviaram aos lojistas um aviso de que o aluguel estava vencido para desocuparem a loja em 30 dias”, contou o gerente comercial em entrevista à Folha de S. Paulo, afirmando ainda que a medida é uma maneira de intimidação aos lojistas.

Em nota enviada ao jornal, a assessoria de imprensa do Extra informou que “não está impedindo parceiros e lojistas de acessarem seus espaços”.  Ainda acrescentando que em outubro de 2021 foi anunciado o fim do hipermercado Extra. Das 103 lojas da rede, 70 devem ser convertidas em pontos do Assaí e as demais deverão ser fechadas ou transformadas em outros formatos de GPA.

Além dos lojistas da Ortobom, mais marcas foram afetadas pelas mudanças na administração do hipermercado, como a Casa do Pão de Queijo e Cacau Show. De acordo com os relatos, as situações vividas por esses franqueados foram semelhantes aos da Ortobom.

A seguir você lê na íntegra a nota enviada pelo GPA à Folha de S. Paulo.

Foto: Reprodução - Folha de S. Paulo

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