IMG-LOGO

Frete grátis é uma das vantagens no marketplace Magalu

Por Poliana Steffany de Almeida - 25 de Setembro 2019
e-commerce-magalu-vendas-frete-gratis-comercio-lojas.jpg

O Magazine Luiza anunciou na última quarta-feira, 25, uma série de benefícios para os vendedores de seu marketplace (plataforma que permite vendas de terceiros em seu e-commerce). Entre elas, um programa de benefícios para quem usa a entrega de produtos utilizando a logística da empresa, a Malha Luiza, e até a retirada da loja. O primeiro parceiro nessa nova estratégia, com produtos em lojas do Magalu em São Paulo, será a Netshoes, adquirida recentemente, que terá itens vendidos em lojas Magalu em breve.

Em evento com os vendedores da plataforma para divulgar as novidades, Frederico Trajano, presidente do Magazine Luiza, chegou a cutucar sutilmente a varejista americana Amazon e sua investida no Brasil. “Quem digitalizou os Estados Unidos foi um americano, quem digitalizou a China foi um chinês, quem vai digitalizar o Brasil tem que ser um brasileiro”, disse o CEO. Luiza Trajano, fundadora e presidente do conselho, passou outro recado na mesma linha: “Temos que ser o maior marketplace do Brasil”, clamou.

Diferentemente do que conseguem com a concorrente gringa, os vendedores terceirizados que entrarem no novo programa, os chamados parceiros Magalu Entregas, terão facilidades adicionais, como a possibilidade de retirada nas lojas físicas (prevista para dezembro para os sellers) e o subsídio do frete total – a partir de outubro, o Magalu arcará com até 100% do valor de entrega desses parceiros (limite de até R$80,00). Todas essas condições serão testadas ao longo do trimestre: em dezembro o Magalu definirá se serão permanentes.

Para o consumidor, o que muda é que o frete grátis para compras a partir de R$99 será também aplicado a essa categoria do marketplace. Importante destacar que isso vale para o aplicativo, onde os consumidores são, em geral, mais fiéis e mais recorrentes e onde o Magalu já oferecia frete grátis acima desse valor.

Segundo Frederico, o contrato do Magazine com as transportadoras diminui em 28% o valor do frete para o varejista e reduz o tempo de entrega em 60%, o que também deve melhorar a experiência do cliente que compra de terceiros na plataforma do Magalu. Atualmente, 70% dos vendedores terceirizados já usam Magalu entregas, número que pode crescer significativamente agora.

Adicionalmente, os sellers do marketplace poderão contratar dois novos serviços: o Magalu Tax, uma espécie de contador digital que facilita a emissão de boletos, e o IPDV, um sistema de digitalização de lojas físicas semelhante ao da Linx. “O objetivo é digitalizar o vendedor analógico”, revelou Frederico, e, assim, ter também acesso ao estoque dessas lojas para vender no próprio Magalu. Temporariamente, e seguindo as quedas da Selic, a empresa anunciou também uma taxa de antecipação de recebíveis (opcional) de 0,99% - queda em relação ao 1,44% cobrado atualmente.

Com a investida, o Magazine Luiza quer ampliar sua rede de mais de 8 mil vendedores terceirizados e se consolidar como maior marketplace do país – frente dominada pela Amazon em outros mercados. Isso porque a empresa antecipa que a próxima fase do varejo eletrônico vai além do eletroeletrônico, expertise do Magalu, e pode ser mais bem explorada com o auxílio dos vendedores terceiros. A frente de marketplace deve gerar receita acima de R$ 2 bilhões esse ano para a companhia.

“Hoje temos um nível de parceria que eu considero muito básico”, disse o CEO em apresentação para mais de mil vendedores terceirizados da plataforma. “Nossa ideia é disponibilizar para os sellers todos os diferenciais do Magalu, igualmente”, completa.

No evento, Trajano passou um recado de qualidade. “Certo é certo. Queremos ao nosso lado quem entrega o que promete e respeita o cliente. Sem gambiarra, sem jeitinho e sem contravenções”, dizia um slide da apresentação do executivo. A nota do Magalu no Reclame Aqui, incluindo marketplace, é de 8,5 a melhor da categoria. “Não quero ser conhecido como a 25 de Março”.

O recado é, também, para a concorrência. Todos os outros varejistas que trabalham com marketplace no Brasil hoje aceitam vendedores informais, enquanto o Magalu exige apresentação de nota fiscal e formalidade de seus parceiros. Segundo a empresa, 30% dos vendedores que tentam entrar na plataforma são recusados por não atenderem aos requisitos.

Mesmo assim, a força dos competidores não é uma marolinha. Para jornalistas, Frederico fez uma metáfora sobre o número de empresas de nicho no país: “A concorrência antes era Fifa (um contra um), hoje é Fortnite (jogo de múltiplos jogadores).

(Com informações do InfoMoney)

Comentários