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Golpes de vendedores de magnéticos dobram

Por Daniela Maccio - 10 de Novembro 2016
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Inovadores, revolucionários e terapêuticos. Esses são alguns dos adjetivos usados por "vendedores golpistas" para ludibriar as pessoas e oferecer colchões por preços muito maiores do que os praticados no mercado. De acordo com o Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), de janeiro a novembro deste ano, o número de golpes desse tipo subiu 120% em relação ao mesmo período do ano passado. A maior preocupação é com os idosos.

 

Em grande parte dos casos registrados no Estado, as vítimas são pessoas com idade mais avançada. Uma senhora passou por situação de constrangimento em maio. Ela relatou que um homem a induziu a obter um empréstimo consignado em um banco privado para comprar um colchão magnético. Durante a negociação, a idosa repassou ao falso vendedor um valor de R$3.600 pelo produto. No final, contabilizados os juros do empréstimo, o colchão saiu por R$6.665. Depois do prejuízo, a senhora ainda tentou desfazer a compra, mas não conseguiu contato nem com o vendedor, nem com a empresa. 

 

Segundo o coordenador do Procon da ALMG, Marcelo Barbosa, esse tipo de golpe é previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Em seu artigo 39, inciso 4º, o Código define como prática abusiva “prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços. Além da prática abusiva, comete-se publicidade enganosa, para a qual é prevista pena de prisão de três meses a um ano e multa", conforme o artigo 66 do CDC.

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