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GPA prevê crescimento do varejo em 2017

Por Daniela Maccio - 15 de Dezembro 2016
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O Grupo Pão de Açúcar espera crescimento do setor de varejo no Brasil em 2017, mas manterá os investimentos no mesmo nível deste ano, e reforçará presença no formato de atacarejo, podendo ver até 26 novos pontos de venda da bandeira Assaí. O presidente-executivo da maior rede de varejo do Brasil, Ronaldo Iabrudi, afirmou que o foco da empresa neste formato acontece em meio aos efeitos da recessão sobre os consumidores, que estão buscando menor custo. “Vamos manter a agressividade de preços onde já fazemos isso”, disse o presidente do GPA ao ser questionado se a empresa pode ampliar os esforços de redução de preços no próximo ano.

 

O vice-presidente financeiro do GPA, Christophe Hidalgo, afirmou que o investimento previsto pelo grupo em 2017 será de R$1,6 bilhão, mesmo valor deste ano. Segundo ele, a parte dos investimentos voltados para a área alimentar será “ligeiramente maior” que a prevista para a Via Varejo, rede de móveis e eletrodomésticos que está sendo vendida pelo grupo e cujos recursos serão reinvestidos no GPA. Hidalgo comentou que os resultados do GPA neste ano devem ser impulsionados por um impacto positivo de R$ 600 milhões no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ligados à decisão deste último trimestre de contabilizar os benefícios da chamada Lei do Bem, que zerou IPI e Cofins de alguns eletrônicos, como computadores e celulares.

 

Outras redes, como o Magazine Luiza, já vinham se beneficiando dos efeitos da legislação após liminar que suspendeu mais cedo neste ano a revogação do benefício que vai até 2018, mas o Pão de Açucar seguiu analisando o assunto internamente. Segundo Iabrudi, após três meses de estudos, consultorias jurídicas da empresa “deram sinal verde para fazermos no último trimestre e o resultado da Via Varejo vai usar o benefício fiscal que a lei me dá”. O presidente do GPA afirmou que a empresa promoveu cortes de pessoal em áreas administrativas desde outubro e que os efeitos das reduções devem ser sentidos a partir de 2017, com uma economia estimada para o ano de R$ 120 milhões.

 

Entre as novas frentes do grupo, Iabrudi comentou que o GPA abriu em novembro um centro de distribuição na cidade de São Paulo específico para atendimento de vendas da área de alimentos feitas pela internet. "Em 2017, vamos ter ênfase maior no comércio eletrônico alimentar", disse o executivo. Além disso, a empresa deve multiplicar por cinco o número de estabelecimentos engajados no programa Aliados. O programa prevê apoio tecnológico e administrativo para comerciantes que montem seus estoques com produtos comprados do GPA. A expectativa da empresa é que o Aliados termine 2016 com 100 estabelecimentos, número que deve crescer para 500 em 2017, disse Iabrudi.

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