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Grendene reavalia móveis TOG

Por Daniela Maccio - 23 de Outubro 2015
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A Grendene voltou a afirmar na última sexta-feira (23), em teleconferência sobre a divulgação de resultados, que vai reavaliar com os acionistas a sua operação de móveis TOG. A operação, iniciada no fim de 2014 a partir de uma associação da Grendene com o renomado estilista Philippe Starck e os empresários Andrés Esteves e Nizan Guanaes, gerou uma receita bruta de R$ 1,4 milhão e um prejuízo de R$ 14,8 milhões nos nove meses.

 

A maior parte do faturamento provém das vendas na Europa. A crise e a desvalorização do real prejudicaram as vendas dos móveis italianos no Brasil. A TOG começou a operar no Brasil no fim do ano passado. Em maio deste ano, a Grendene abriu uma loja conceito da marca em São Paulo. “Admitimos que não foi o melhor momento para abrir uma loja no País. Os resultados estão piores do que o esperado e o prejuízo de R$ 14,4 milhões começam a afetar o resultado da Grendene”, afirmou Francisco Schmitt, diretor de relações com investidores da Grendene. O executivo acrescentou que a empresa não esperava atingir o ponto de equilíbrio financeiro com a TOG em 2015, mas como as vendas iniciais estão abaixo da previsão da companhia, a Grendene considerou melhor reavaliar o investimento no negócio.


Operações de hedge

A Grendene encerrou o terceiro trimestre com alta de 5,9% no lucro líquido, para R$ 133,5 milhões e com aumento de 0,6% na receita, para R$ 734,5 milhões. O resultado financeiro da companhia, no entanto, apresentou queda de 40,2% no trimestre, para R$ 20,4 milhões, resultado impactado pela cobrança de novos impostos incidentes sobre a receita financeira e também devido aos resultados de operações de proteção cambial para exportações (hedge). Schmitt disse que a companhia fechou o trimestre com venda de US$ 93 milhões na BM&F, e que esse recurso é uma proteção cambial para operações de exportação já fechadas, mas que devem ser embarcadas no quarto trimestre. “Houve um descasamento temporal entre as operações de hedge e as exportações”, disse Schmitt. A tendência, segundo o executivo, é de melhora no resultado financeiro no quarto trimestre.
 

Com informações do Valor Econômico

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