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Grifes de decoração apostam em mercado de luxo do País

Por Edson Rodrigues - 24 de Junho 2013
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Marcas de decoração internacionais têm encontrado no Brasil um mercado de luxo novo e promissor. A grife americana Holly Hunt, as italianas Natuzzi, Versace Home, Armani Home, Cassina e Poltronas Frau, responsável pelos interiores de carros como Ferrari e Lamborghini, são algumas das grandes marcas que decidiram apostar no aumento do poder de consumo brasileiro, enquanto tentam driblar a crise, principalmente no mercado europeu. 
Estudos recentes mostram que o segmento de móveis e decoração representa 9% do mercado de luxo no País, com faturamento de cerca de R$ 1,8 bilhão. Em 2011, houve um crescimento de 23% em relação ao ano anterior. Os fatores que desencadearam esse aumento, segundo empresários do ramo, foram: a busca de empresas europeias por novos mercados, devido a crise e a percepção de que o público brasileiro se tornou mais sofisticado.
Mas o principal obstáculo para as operações de empresas internacionais no País é a alta carga tributária e de importações. Holly Hunt, proprietária da marca que leva seu nome, arriscou montar uma operação própria no Brasil, assim como o estilista Giorgio Armani, mas constatou que o cenário é mais complexo do que o esperado. “Os preços refletirão os elevados impostos de importação, mas seremos competitivos”, acrescenta.
As peças chegam ao Brasil com preços muito superiores aos praticados em outros países. Muitas delas são feitas sob encomenda e têm preços sob consulta. Uma cadeira da Versace Home, por exemplo, chega a custar até R$ 150 mil, por se tratar de um item numerado e feito à mão. Já poltronas da Frau saem, em média, R$ 4 mil. “Com essas marcas estabelecidas no Brasil, o consumidor agora tem assistência técnica e logística. Os preços são mais altos por causa da carga tributária, mas ainda é mais fácil do que fazer uma viagem para decorar a casa. Dá para ir escolhendo ao longo do processo”, diz Raquel Silveira, idealizadora da Mostra Black, exposição de decoração que vai até o dia nove de julho no complexo do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo (SP). A organização estima que cerca de 30mil pessoas passem pelo evento cujo ingresso custa R$ 100.

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