Indústria argentina enfrenta quedas em todas as variáveis
A última pesquisa da Unión Industrial Argentina (UIA), realizada com quase 800 empresas, destaca a persistência de resultados negativos em todo o setor. O relatório, parte do "Monitor de Desempenho Industrial" (MDI), revela que o índice de atividade industrial retornou à zona de contração, ficando em 45,3 pontos.
Emprego e Demanda em Queda
Os resultados da pesquisa mostram um cenário desafiador para a indústria em geral:
- Emprego: A redução de pessoal atingiu o maior nível da série histórica, com 24,4% das empresas diminuindo seu quadro de funcionários.
- Demanda Interna: A falta de demanda continua sendo a principal preocupação para 40,1% das empresas.
Embora as expectativas para o setor e para o país em 2025 se mantenham positivas, elas se moderaram significativamente em comparação com a pesquisa anterior, refletindo uma queda na confiança.
O Impacto no Setor de Móveis e Madeira
O relatório destaca a vulnerabilidade de alguns setores. A indústria de madeira e móveis aparece em segundo lugar entre os que mais relatam perdas de mercado significativas devido ao contrabando. Em relação às perdas de vendas ou de participação de mercado, o setor de móveis ficou em quinto lugar e o de madeira, em oitavo.
O Desempenho das PMEs
Um capítulo especial do relatório foi dedicado às Pequenas e Médias Empresas (PMEs). A pesquisa conclui que este segmento reflete a tendência de contração observada em toda a amostra industrial, com quedas predominando em todas as variáveis. As PMEs apresentaram uma maior proporção de empresas com quedas na produção e nas vendas em comparação com a pesquisa anterior, além de um aumento no número de empresas com perdas de empregos.
- Diferença Acima da Média: As micro e pequenas empresas registraram as quedas mais acentuadas na produção (-21,7 pontos percentuais) e nas vendas (-29,4 pontos percentuais), superando as perdas de empresas de porte médio e grande.
Expectativas Se Moderam
A pesquisa da UIA revela um declínio nas expectativas gerais do setor:
- Queda na Confiança: A proporção de empresas que perceberam uma deterioração na confiança do setor, do país e do próprio negócio aumentou em relação ao ano anterior.
- Expectativas vs. Realidade: Houve uma grande diferença entre as expectativas e os resultados reais. Enquanto 67% das empresas previram uma melhora econômica para o país em 2025, apenas 29,2% de fato relataram essa melhora.
- Otimismo Reduzido: As expectativas para o próximo ano se tornaram mais cautelosas, com uma proporção menor de empresas antecipando uma melhora em sua situação econômica.
Com informações: www.maderaytecnologia.com.ar




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