Indústria de máquinas não quer taxar importados
Por Edson Rodrigues
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26 de Setembro 2011
“Em vez de elevar o IPI para os importados, o governo deveria reduzir impostos para os produtos nacionais”, diz José Velloso, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em entrevista a EXAME.com.
O executivo diz que a alta do IPI para carros trouxe apenas uma boa notícia. “A única coisa positiva dessa medida é a sinalização de que o governo abriu os olhos e passou a reconhecer que o Brasil está passando por um processo de desindustrialização.”
Porém, Velloso ressalta que a elevação da carga tributária para os produtos importados não resolve o problema da falta de competitividade da indústria nacional. “O fato de você tributar mais o produto importado não quer dizer que o bem fabricado aqui dentro vai ser mais competitivo lá fora. A indústria brasileira precisa vender aqui dentro e exportar. O Brasil não vai exportar um automóvel a mais porque o IPI sobre o caso chinês e coreano é maior.”
O vice-presidente da Abimaq diz que o “governo acertou no diagnóstico do problema, mas errou no remédio”.
“Em vez de o produto manufaturado brasileiro ser mais barato para o consumidor brasileiro, ele acaba ficando mais caro. Então, o Brasil que tinha o automóvel mais caro do mundo, vai continuar tendo o carro mais caro do mundo. Isso está errado.”
A decisão de proteger a indústria automobilística também foi criticada pelo setor de máquinas. “Por que o governo resolveu proteger uma indústria que já é altamente protegida?”
(Fonte: Exame)




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