IMG-LOGO

Indústria moveleira otimista em 2011

Por Edson Rodrigues - 04 de Janeiro 2011
A indústria de móveis faz previsões otimistas para 2011, apesar da política cambial que retira a competitividade das exportações. O mercado vai expandir-se em pelo menos 10% este ano, segundo o presidente da Associação dos Moveleiros do Oeste de Santa Catarina (Amoesc) e do Sindicato das Indústrias Madeireiras, Moveleiras e Similares do Vale do Uruguai (Simovale), empresário Osni Carlos Verona. No último trimestre de 2010, as previsões de aquecimento acentuado nas vendas no mercado interno se confirmaram e ficaram em 9%. Concorreu para esse resultado a melhoria da renda média dos consumidores. O mercado interno foi o grande destinatário da produção industrial de móveis. Verona lembra que as exportações de móveis foram derrubadas pela crise financeira mundial de 2008 e 2009. Atualmente, a política cambial deixa o móvel brasileiro com baixa competitividade internacional. Mas o problema mais grave é outro: a excessiva carga tributária. O presidente da Amoesc e Simovale espera que a presidente Dilma Rousseff proteja o mercado brasileiro dos produtos importados da China e promova a reforma tributária. Sugere a criação de indicadores para regulamentar o seguro desemprego em regiões onde há muitas vagas como, por exemplo, Chapecó, onde há 5.000 vagas em aberto, enquanto mais de 9.000 pessoas desfrutam de seguro desemprego e reivindica a isenção dos impostos sobre a folha de pagamento. Para a nova administração do Estado propõe Câmaras Setoriais para todos os segmentos produtivos e incentivos fiscais para grandes empresas se instalarem no oeste catarinense, “onde a topografia é desfavorável e os custos de logística até os portos são elevados”. O empresário destacou a evolução da indústria de móveis do oeste de SC e a atribuiu, em grande parte, à integração das empresas com as universidades. “A região oeste está cada vez mais preparada para enfrentar a concorrência em tudo: preço, qualidade de matéria prima e design de bom gosto. Protegemos o meio ambiente, tornando a sustentabilidade um hábito e tratando dos resíduos gerados.” Também realçou a capacidade de inovação tecnológica das indústrias de móveis associadas à Amoesc e Simovale. Essas entidades fomentaram a capacitação tecnológica do setor, com apoio da Fiesc, Sebrae, Senai e Unoesc.

Comentários