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Justiça nega pedido de prisão de investigado no Ceará

Por Natalia Concentino - 22 de Maio 2019
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Justiça nega pedido de prisão

Em depoimento à Polícia Federal, empresário acusado de desvio milionário em financiamentos no BNB, não soube explicar o paradeiro dos bens que havia alienado junto aos financiamentos como forma de garantia ao banco de que as dívidas seriam pagas. A Justiça negou, nesta terça-feira (21), o pedido de prisão do empresário do ramo de móveis planejados envolvido no desvio de R$ 2,4 milhões em financiamentos do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), em Fortaleza.

Segundo o delegado Cláudio Carvalho, da Delegacia de Combate à Corrupção (Delecor), o juiz decidiu por não acatar o pedido de prisão porque os fatos que envolvem o rombo milionário na instituição bancária não eram atuais. Os financiamentos começaram a ser feitos entre 2010 e 2011. A empresa fechou logo após a contratação dos empréstimos.

As investigações apontaram que o empresário contratou empréstimos com alienação de bens, como forma de garantia para o banco, porém se desfez de máquinas, veículos e imóveis pouco tempo depois. Além disso, os valores dos créditos eram desviados para contas de familiares, como esposa e filho.

Em depoimento, o empresário alegou que jamais teve interesse em causar prejuízos ou dar calote ao banco. Afirmou ainda que contratava os empréstimos para quitar dívidas contraídas pela empresa, mas não soube explicar o paradeiro dos bens que havia alienado no momento do financiamento como garantia para o banco.

Cláudio Carvalho informou que os próximos passos da investigação serão entender como se deram as dinâmicas dos financiamentos e descobrir o paradeiro dos bens declarados pelo empresário. "Estamos espalhando ofícios pedindo a indisponibilidade dos bens. Posteriormente, pediremos o bloqueio deles", disse.

 

Operação Furniture

O nome da operação é uma alusão ao objeto social da empresa, que se prestava supostamente à fabricação de móveis projetados. A Operação Furniture investiga desvios de recursos oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), das contas de uma empresa do ramo de móveis planejados para contas de familiares, causando um prejuízo de mais de R$ 2,4 milhões ao Banco do Nordeste (BNB).

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