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Lojas do Baú na mira do Grupo Pão de Açúcar

Por Edson Rodrigues - 30 de Maio 2011
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O Grupo Silvio Santos está com três propostas para a aquisição das Lojas do Baú em avaliação, segundo fontes do mercado. O grupo Pão de Açúcar (GPA) é o mais contado para comprar a empresa, pois até o momento foi o único que fez uma oferta pela totalidade. A intenção do Pão de Açúcar é ganhar fôlego na Região Sul do País. O interesse da empresa é utilizar a infraestrutura do Baú para reforçar as operações do Ponto Frio, rede adquirida pelo grupo em 2009. O grupo está em fase de avaliação das informações financeiras do Baú. Em contrapartida a Magazine Luiza e a rede Mercado Móveis, as lojas MM, também apresentaram propostas, mas apenas por parte das unidades. Ao todo, o Baú possui 137 unidades em São Paulo e no Paraná. Já a varejista paranaense fez uma oferta pelas 89 lojas do Baú no Paraná. Proporcionalmente, as ofertas do Magazine e da Mercado Móveis são maiores do que a do Pão de Açúcar, mas elas deixam de fora as lojas de rede de Silvio Santos no interior de São Paulo e em Minas Gerais, onde existe uma unidade. A Máquina de Vendas, rede formada pela união das varejistas Insinuante e Ricardo Eletro, chegou a avaliar a disputa pelo Baú. Eles não teriam feito propostas por entender que o ativo está supervalorizado. O Baú fatura cerca de R$ 400 milhões, mas possui um passivo fiscal estimado em R$ 200 milhões. Essa dívida era da Dudony, varejista paranaense comprada pelo Baú em 2009, e pode ser transferida para o novo dono da rede. Segundo analistas o valor da rede pode chegar a até R$ 1 bilhão. O empresário e apresentador de televisão Silvio Santos pretende vender a rede Baú em até 90 dias. A decisão de se desfazer da varejista faz parte do processo de reestruturação do grupo, iniciado após a detecção de fraudes no banco PanAmericano, o antigo braço financeiro do conglomerado. Entenda o caso Após o rombo financeiro de R$ 4,3 bilhões revelados em novembro de 2010, o banco PanAmericano teve que recompor suas contas e ainda ser colocado à venda, porém ao que tudo indica não adiantou. O banco começou a colocar a "casa em ordem" após ser comprado pelo BTG Pactual este ano e no primeiro trimestre de 2011 e a nova diretoria, eleita em 6 de maio, revelou a revisão das estratégias de negócios para tornar a instituição mais competitiva no mercado, com o lançamento de novos produtos e novo modelo de concessão de crédito, com foco em carteiras de menor risco, como consignado, veículos novos, pequenas e médias empresas e cartões de crédito. O principal segmento de atuação, o financiamento de veículos seminovos, fechou o trimestre com R$ 2,84 bilhões. (Fonte: DCI)

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