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Lojas Marabraz põe dinheiro no colchão

Por Edson Rodrigues - 14 de Fevereiro 2012
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Marabraz-Sorocaba
A Lojas Marabraz despertou de seu sono profundo. Sem lançar novidades há alguns anos e alheia às constantes fusões e aquisições em seu segmento, a companhia prepara uma reação à concorrência. Se depender da varejista de móveis, agora quem vai dormir bem é o cliente.

A empresa inaugura nas próximas semanas a Marabraz Colchões, especializada exclusivamente na venda do produto. A primeira unidade, no popular Largo Treze de Maio, zona sul da capital paulista, está pronta e com mercadorias a postos. Fica ao lado de uma das maiores unidades da Lojas Marabraz do grupo. O segundo ponto de venda preparado para a nova bandeira fica no Jardim Anália Franco, bairro de classe média alta na Zona Lste de São Paulo. Lá, um espaço de cerca de mil metros quadrados recebe os últimos detalhes para a inauguração que deve acontecer em cerca de 30 dias.

A companhia não fala sobre o novo negócio, mas a decisão de focar em colchões é bem vista por quem entende do mercado. "As lojas especializadas estão ganhando importância entre os consumidores. Os pontos de venda de móveis de cozinha, por exemplo, demonstram esta tendência. O mesmo acontece com as lojas de colchões, os consumidores preferem quem é focado", diz o consultor da Mixxer, Eugênio Foganholo. O especialista afirma que o aumento do poder de compra das classes populares tem levado este perfil de consumidor a adquirir colchões de melhor qualidade, o que não acontecia.

Esta também é uma das razões apontadas pela Ortobom, uma das maiores fabricante e varejista de colchões do País, para justificar o forte crescimento do mercado em 2011. No ano passado as vendas da companhia cresceram 17%, ante 10% de alta em 2010. "O consumidor já comprou celular e eletroeletrônicos. Agora ele quer um colchão melhor", diz Luís Henrique Colin, diretor de marketing da Ortobom. E assim como a Marabraz percebeu as vantagens deste segmento, pequenos investidores também tem demonstrado interesse.

A Ortobom diz ter uma fila de espera de um ano para interessados em abrir uma franquia da marca. Em 2010, este prazo era de três meses. No ano passado, a fabricante inaugurou 140 pontos de venda contra 89 em 2010. Atualmente a companhia possui 1.747 lojas no país.

Especialistas de mercado estimam que o segmento de colchões deva ter movimentado cerca de R$ 450 milhões no ano passado, alta de 7% em relação a 2010. No entanto, não foram todas as regiões que apresentaram bom desempenho. No Norte e no Nordeste as vendas foram tímidas. Já os estados do Sudeste estão entre os campeões em crescimento de vendas.

(Fonte: Brasil Econômico)

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