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Moveleiros se voltam ao mercado interno

Por Edson Rodrigues - 19 de Janeiro 2012
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Construcao civil
O cenário em que, atualmente, atua o setor moveleiro gaúcho, mostra-se, por vezes, assustador: as exportações em queda e a falta de benefícios para manter as vendas aquecidas no mercado interno tornam as negociações cada vez mais restritas. Diante disso, algumas soluções diferenciadas devem ser buscadas pelos empresários.

A observância do aumento na participação das classes C e D, cada vez mais atuante no segmento moveleiro é um detalhe que não pode passar despercebido pelos empresários do ramo, que queiram se destacar nas vendas ao mercado interno. “Nos últimos anos, a elevação da renda desta Nova Classe Média tem nos mostrado que podemos elevar nosso consumo interno e manter o crescimento do setor a níveis bons no país”, avalia o presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), Ivo Cansan. “É preciso, para isso, dar condições para que estes novos consumidores tenham a capacidade de adquirir bens a longo prazo, assim como ocorre com os imóveis, mantendo, assim, a alta taxa de crescimento de ambos os segmentos [moveleiro e da construção civil]”, salienta.

O crescimento do mercado imobiliário também é outro fator que pode beneficiar o setor neste momento de crise, de acordo com Cansan. “Este crescimento sempre reflete de maneira positiva no segmento de móveis”, afirma. “Já houve, inclusive, por parte da Movergs, solicitação ao Governo Federal de inclusão de um percentual no valor dos financiamentos para a casa própria (Programa Minha Casa, Minha Vida) para ser usado na compra da mobília da nova unidade habitacional”, lembra.

Neste pedido, para todas as obras (imóveis), financiados através de instituições bancárias, licitadas pelo próprio governo, por construtoras ou pelos próprios cidadãos solicitou-se que fosse destinado um percentual de 15% a 20% para aquisição da mobília básica. “O mobiliário adquirido por meio deste programa deve, na nossa solicitação, estar isento de impostos como o IPI, PIS e COFINS, a fim de reduzir o preço do móvel e incentivar o cidadão a mobiliar seu imóvel novo”, comenta. “Esperamos que, em 2012, o setor possa recuperar um pouco do mercado perdido ao longo dos últimos três anos”, conclui Cansan.

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