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Novela do TDI e Poliol ganha um novo capítulo

Por Marina - 06 de Março 2018
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No ano passado, dois componentes indispensáveis para a produção de espumas, o Diisocianato de Tolueno (TDI) e o Poliol, ganharam destaque devido aos constantes reajustes de preços e a preocupação com o risco de desabastecimento desses insumos no País. 


A Móveis de Valor acompanhou o caso e apurou que a evolução dos preços, em 2017, chegou a 25% para o TDI e 20% para o Poliol (números de outubro de 2017), respectivamente. Na ocasião, fabricantes de colchões, que são as maiores consumidoras desses produtos, declararam que foram surpreendidas por reajustes seguidos em tão curto intervalo de tempo. 
 

 

Além disso, a ausência de pronunciamento por parte dos fornecedores destes insumos causou insegurança no mercado. A única empresa das que operam no Brasil que se pronunciou foi a Dow, informando que a alta no preço do TDI tinha resultado do alto nível de demanda e da falta de disponibilidade global do produto. Com relação ao Poliol, a companhia informou na época que houve aumento de custo da matéria-prima da cadeia.
 

 

Novos capítulos

 

Ontem (5), um novo capítulo da questão tomou forma. A Móveis de Valor recebeu a informação de que a Dow Brasil, que possui uma planta para produção de Poliol no Brasil, teria “paralisado” as atividades. Em breve nota, a empresa não foi clara sobre se a planta está paralisada, mas afirmou que “a sua linha de produção de poliol passa por uma limitação operacional que será regularizada em breve.”

 

A empresa acrescenta ainda que “a disponibilidade atual do produto está sendo gerenciada para atender aos clientes da melhor forma possível” e que a companhia “está dedicada a restabelecer a operação e fornecimento de produtos de modo a causar o menor impacto possível a seus parceiros”, conclui o comunicado oficial.

 

Abicol alerta para crise

 

Hoje, a Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol) emitiu um comunicado de esclarecimento aos associados destacando que “de fato, o setor colchoeiro está diante de uma crise de abastecimento de insumos do tipo Poliol e TDI”. A associação acrescenta que a escalada de reajustes continuou de forma ininterrupta em todos os meses de 2018, aumentando “sobremaneira os custos ao longo de toda a cadeia de produção e de comercialização de espumas”.

 

O documento reconhece o esforço dos fornecedores em “reestabelecer a operação e fornecimento de produtos” para minimizar impactos, mas frisa que a situação no momento é bastante crítica. A Abicol ainda orienta que os fabricantes de colchões fiquem atentos as suas operações no mercado, como forma da se proteger das consequências que um eventual desiquilíbrio nas contas possa provocar. 

 

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