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Pouquíssimos visitantes comparecem à High Point Market

Por Natalia Concentino - 18 de Novembro 2020

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Quem já foi à feira de High Point sabe da grandiosidade do evento. E mesmo que tenha reduzido nos últimos anos, ainda é considerada uma das maiores feiras de móveis do mundo. Mas, em tempos de pandemia, como foi a High Point Market, realizada de 17 a 20 de outubro, na Carolina do Norte, EUA? Como os organizadores optaram por realizar a feira de forma presencial, ao contrário de vários outros eventos que foram adiados ou cancelados, a expectativa era de saber como seria a recepção do público que ainda vive sob o distanciamento social imposto pela pandemia.

Se pararmos para olhar o histórico da feira, fica fácil de entender a sua importância para o setor moveleiro. A High Point Market é a maior feira do setor de móveis do mundo, levando mais de 75.000 pessoas a High Point, na Carolina do Norte, a cada seis meses. Compradores sérios de varejo de móveis domésticos, designers de interiores, arquitetos e outros profissionais da indústria de móveis domésticos podem ser encontrados em High Point duas vezes por ano, porque se você não conseguir encontrar em High Point ... provavelmente não existe.

Como este 2020 é um ano completamente atípico, a feira também não escaparia desse estigma. A organização se arriscou e fez o evento presencial, porém o público ficou bem longe de registrar os números habituais, mas, nem por isso, não aconteceram bons negócios. Em uma publicação feita pelo site americano Furniture Lightining Decor, dá para capturar um pouco da essência da High Point Market de outubro. “A feira foi executada com uma infinidade de medidas de segurança em função da pandemia. E, apesar das diferenças perceptíveis, os expositores do mercado de outono (no hemisfério norte) exalaram otimismo e relataram um bom número de pedidos feitos durante a feira”.

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“No que diz respeito ao tráfego, houve picos e calmarias. Aqueles que vieram eram compradores sérios. Abrimos muitas contas novas e estaremos muito ocupados após o evento”, declararam co-fundadores da South + English, Palmer Smith e David Ebbetts, para a publicação americana.

Visão compartilhada também por outros expositores entrevistados pelo site. “Todo mundo que compareceu estava comprando. Sentimo-nos seguros e com um bom ritmo desta vez. Às vezes muito lento, mas os pedidos que recebíamos eram todos bons”, comentou Kelly O'Neal, da Design Legacy.

Ainda segundo a publicação americana, “os dados de varredura do atendimento no local ainda não estão disponíveis, mas os números de registro para o mercado de outono estavam registrando aproximadamente 55% dos números obtidos no outono de 2019 para empresas compradoras”.

Saiba quais são as tendências

Quem também compareceu à High Point Market foi Charlene Vaz, designer manager NA da BekaertDeslee, que contou um pouco de sua experiência à Móveis de Valor. “Quis aproveitar a oportunidade que a feira aconteceria perto de onde moro para ver como seria a visitação, reações, comportamentos, novidades etc. em um ano como este. Ver uma feira acontecendo, é realmente um alívio e significa muito para próximos eventos. Estive em um dos últimos dias de feira e não havia quase ninguém. Para uma feira altamente movimentada por visitantes de todo o mundo, o cenário foi bastante diferente”, expõe.

Charlene contou sobre as tendências que pode observar durante sua passagem pelo evento. “Pude conferir do pequeno percentual de novidades que, depois deste ano, o foco é criar interiores que enfatizam o aconchego do lar. O uso de materiais rústicos continua a ser parte dos mobiliários como forma de conquistar o público para o que é natural. O uso de cores não tradicionais dá uma autoconfiança necessária a cada produto e deposita uma nova energia ao ambiente”.

Ela prossegue: “Já as camas se transformaram de apenas um lugar para dormir em um ecossistema completo onde muitas outras atividades podem ocorrer, já que designs inovadores oferecem funcionalidade e conforto. À medida que os quartos funcionam como um santuário restaurador, a cama se torna cada vez mais importante como um espaço para se retirar do mundo exterior. Cabeceiras de cama grandes e integradas que se curvam em torno da cama, criando um efeito de casulo reconfortante”.

O site Furniture Lightining Decor também compartilhou algumas tendências observadas, principalmente as que estão diretamente ligadas aos efeitos da pandemia. “Claro que a pandemia do coronavírus enalteceu as superfícies que são mais aerodinâmicas e fáceis de limpar. Vimos uma abundância de acrílico e lucite no design - claro, branco e preto - nos acessórios, móveis de destaque e até mesmo nos assentos. A Wildwood exibiu cadeiras de acrílico preto e branco que eram surpreendentemente confortáveis, enquanto empresas como Howard Elliott e Global Views apresentavam detalhes em acrílico que eram tão elegantes quanto duráveis”, diz um dos trechos da publicação.

 

 

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