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Produção sobe 16,6% em julho apesar da escassez de insumos

Por Natalia Concentino - 03 de Setembro 2020
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Pesquisa mensal do IBGE divulgada hoje, 03, mostra que a produção de móveis teve aumento de 16,6% na comparação com junho, um número bem acima das expectativas, principalmente considerando a escassez de matérias-primas. Até o momento a oferta de insumos ainda não se normalizou.

O impacto da expansão em julho também pode ser medido quando o índice é comparado com julho de 2019. A alta é de 5,4%. O comportamento da produção em julho também beneficiou o índice acumulado no ano, que até junho apontava recuo de 19% e agora, incorporando o resultado de julho, a queda acumulada em 2020 é de 15,5%.

A taxa anualizada melhorou 0,2 ponto percentual na passagem de junho para julho, saindo de -7,8% para -7,6%.

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Previsão se confirma

Para o CEO do Intelligence Group, Ari Bruno Lorandi, os dados divulgados pelo IBGE reforçam a estimativa do estudo Mapa do Mercado de que as vendas de móveis em 2020 devem representar valores equivalentes aos de 2019. “Para os mais pessimistas, que consideravam perdas de dois dígitos este ano, é uma lição de que fazer previsões exige bem mais do que um ‘achometro’ e que trabalhar com informações corretas e confiáveis pode trazer bons resultados para o setor”, destaca Lorandi.

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O CEO do Intelligence Group estava se referindo à previsão divulgada em dezembro, na revista Móveis de Valor de que 2020 será o ano da virada. “Prever um ano positivo na verdade era simples: A venda de móveis entre 2015 e 2019 havia recuado quase 24%”, lembra Lorandi. O diretor da Móveis de Valor observa que vínhamos de uma crise e as pessoas adiavam compras que exigiam maiores investimentos e, principalmente, crédito de médio prazo. “Todos sabem que as pessoas não compram móveis porque móvel é moda. Compram por necessidade. Então, podem adiar uma compra até o dia que não dá mais e precisa substituir o colchão que causa dor nas costas, o sofá desgastado e assim por diante. Portanto, projetar um ano melhor depois de 2019 quando os números já apontavam para cima – 5,8% – não era difícil”, conclui Lorandi.

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