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Rumores sobre venda irritam controlador da Colombo

Por Edson Rodrigues - 27 de Setembro 2011
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Adelino Colombo, controlador da Colombo, maior varejista de eletroeletrônicos e móveis do Rio Grande do Sul, mostrou-se claramente irritado com as notícias de que havia contratado o Bradesco para vender a companhia.

“A informação não tem veracidade. Em meus contatos assíduos com o Bradesco trato exclusivamente da sociedade igualitária que mantemos na financeira Crediare. Boatos como esse, de uma possível venda de Lojas Colombo são recorrentes e, no decorrer dos anos, têm demonstrado sua completa falta de fundamento”, afirmou o empresário gaúcho, em um comunicado assinado por ele e enviado à imprensa.

Rumores de que a Colombo estaria à venda já circulam há algum tempo. Em uma entreviista ao iG em janeiro deste ano, quando havia acabado de completarr 80 anos, Adelino Colombo afirmou que não pretendia colocar o pijama, ao ser questionado sobre as constantes especulações de que poderia se desfazer da companhia.


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Com o forte movimento de fusões e aquisições no varejo, contudo, a Colombo é vista como uma das redes mais cobiçadas atualmente pelas três varejistas que assumiram a liderança do setor: a Globex (fusão do Ponto Frio e Casas Bahia, controlada pelo Grupo Pão de Açúcar), Máquina de Vendas (fusão da Ricardo Eletro e da Insinuante) e Magazine Luiza, que abriu esse ano o capital na Bovespa.

A aquisição da Colombo seria disputada pelas três empresas por sua elevada participação no varejo do Rio Grande do Sul. O mercado gaúcho é considerado um território de difícil acesso às empresas de outros de Estados devido aos arraigados hábitos dos consumidores. A Casas Bahia tentou entrar no Estado, mas acabou fechando suas lojas.

Para comprar a varejista gaúcha, no entanto, os concorrentes teriam de abrir a carteira. Esse não seria um negócio barato.

Em 2010, a rede faturou R$ 1,5 bilhão. Até agosto deste ano, a varejista registra um crescimento de 10% nas vendas em relação a igual período do ano passado

Raio X da Colombo:

Número de filiais: 330
Localização das lojas: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais
Formatos de lojas: convencionais de rua, convencionais em shoppings, Premium, pontocom
Centros de Distribuição: Porto Alegre/RS, Curitiba/PR e Sumaré/SP
Número de colaboradores: 6 mil

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