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Setores produtivos debatem a favor do Reintegra

Por Edson Rodrigues - 28 de Novembro 2013
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Importações superam pela primeira vez exportações
Para discutir estratégias capazes de combater a falta de competitividade e ir contra a exportação de produtos brasileiros com os altos impostos embutidos, representantes de setores produtivos juntamente a um grupo de sete deputados participaram de uma audiência pública, em Brasília, no último dia 19. Com a situação, as indústrias do País vem perdendo espaço no mercado internacional.

Esteve presente na audiência Renato Molling, autor da emenda à medida provisória 627/2013 que prorroga o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra) até 2017. A Reintegra consiste em devolver 3% dos valores exportados às empresas, como forma de proteger as indústrias e seus produto. No encontro, entidades enfatizaram a necessidade de manutenção do Reintegra como ferramenta de estímulo às exportações.

O fato de não haver mais espaço para exportar tributos embutidos nos produtos foi unânime entre os representantes dos setores. “Até o governo entender que necessitamos de uma política exportadora de longo prazo, não teremos como recuperar e muito menos manter nossas exportações de produtos manufaturados, continuaremos sendo exportadores de commodities”, destacou o presidente da Movergs, Ivo Cansan. Segundo ele, se o País continuar desta forma, no futuro terá como divisas somente dinheiro especulativo e nada de produtivo. “As importações crescem diariamente e as indústrias apenas veem o governo tentando cobrar mais e mais em impostos de seus produtos”, observa. Para Cansan, se o governo não tomar uma posição mais coerente, em breve as indústrias estarão perdendo também o mercado interno.

As entidades participantes da audiência também estão tentando agendar uma reunião para abordar a questão do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e defender a continuidade da alíquota de 3,5% em definitivo.

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