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Lojistas se unem em polo de BH

Por Daniela Maccio - 17 de Janeiro 2017
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Maior corredor varejista de móveis da América Latina, com mais de 200 lojas e uma arrecadação mensal de R$ 8,5 milhões em ICMS, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). Esse é o retrato do comércio moveleiro da avenida Silviano Brandão, na região Leste da capital, que não existiria, segundo a presidente da associação de lojistas do corredor (Alo Silviano Brandão), Eliana Reis, se não fosse a colaboração entre os lojistas. “Se não fosse a união dos lojistas, a Silviano Brandão não estaria aqui, como outros centros comerciais de rua que já acabaram na cidade”, afirma.

 

Entre as conquistas que a empresária lista estão promoções conjuntas, mudanças no trânsito local para não prejudicar os comerciantes, ações coletivas de segurança tanto com empresas privadas como com a Polícia Militar e criação de setores ao longo da avenida, com síndicos e sub-síndicos, para solucionar problemas localizados.

 

A colaboração entre competidores, conhecida como “coopetição”, está se tornando uma tendência de mercado, segundo o analista de desenvolvimento territorial do Sebrae Minas, Haroldo Santos. “Cria-se uma sinergia nas empresas, o que ajuda no surgimento de polos como o da Silviano Brandão”, avalia Santos. Em momentos de crise, é também uma alternativa porque reduz custos, explica o executivo da AGR Consultores, Julio Ferreira. “A ‘coopetição’ acontece quando objetivos comuns ou complementares são utilizados por empresas concorrentes para otimizar recursos e trazer economia para ambas”, explica.

 

Eliana lembra que a colaboração foi importante quando obras para a construção da Linha Verde, entre 2006 e 2007, retiraram a passagem de carros da avenida. “Ficamos um ano e oito meses (com a via) sem passar carro por causa da obra. Foi um período muito difícil, e sobrevivemos porque negociamos com o poder público”, conta Eliana. As promoções conjuntas, como a liquidação realizada pelos lojistas da avenida em agosto, são um exemplo de como a união pode ajudar na hora da crise. “Fazemos a liquidação desde 2012, e a adesão é de 100% dos lojistas, que dividem os custos de mídia. Conseguimos em seis dias um faturamento equivalente ao de três meses, e já chegamos a reunir mais de 300 mil pessoas”, diz.

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