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Unicasa fatura 46% mais e lucro líquido sobe 75% em 2021

Por Natalia Concentino - 06 de Abril 2022
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O desempenho das lojas também melhorou em volume e receita

O relatório da Unicasa, a única empresa moveleira nacional com ações na Bolsa de Valores, mostra resultados muito positivos em 2021.

 

A receita líquida da companhia, de R$ 220,6 milhões é 46,7% maior que a de 2020. O resultado operacional de R$ 30,1 milhões é 72% superior ao do ano anterior, enquanto a margem operacional também subiu 2% no período. O lucro líquido, de R$ 25,9 milhões é 74,9% superior a do exercício anterior.

 

O desempenho das lojas também melhorou em volume e receita (veja quadro), inclusive a produtividade média das lojas, considerada histórica pela Companhia.

 

 

Abaixo veja o resumo do relatório da diretoria da Unicasa, referente a 2021:

 

Ao longo do ano, tivemos máximas históricas de crescimento de receita (54,8% no 1T, 65% no 2T, 48% no 3T e 31% no 4T) e foram registradas receitas trimestrais que não eram observados desde 2016, mesmo tendo praticamente a metade da rede de distribuição daquele período, efeito que pode ser observado na produtividade média das lojas. 

 

Temos que ressalvar que a receita do 1T e do 2T20 foram impactadas negativamente por férias coletivas em função da pandemia e lockdowns realizados pelo país. Importante mencionar a mudança de hábito dos consumidores que passaram a valorizar mais o espaço de morar, fruto do aumento do relacionamento das pessoas com sua residência por conta das restrições impostas pela pandemia, que, por outro lado, impactou a entrega de obras no país, motivo pelo qual a receita do segmento Corporativo apresentou queda em relação a 2020. 

 

LEIA: Receita de vendas da Unicasa cresce 48% no terceiro trimestre

 

Em 2021, consolidamos nossa operação nos Estados Unidos, que acrescentou US$ 3,8 milhões à Companhia, um crescimento de 111% em relação a 2020, ano em que foi impactada pela pandemia, que postergou a abertura de lojas e reduziu o fluxo de clientes nas lojas já abertas. A rede de distribuição, estabilizada praticamente desde 2019, esconde trocas qualitativas realizadas ao longo de 2021 que ainda estão em maturação. 

 

A Companhia segue com sua restrita política de seleção de lojistas, o que restringe a quantidade de aberturas, entretanto, tem se mostrado eficaz na manutenção de lojistas comprometidos com a missão da Companhia e na melhoria da qualidade de entrega de produtos e serviços. 

 

O setor de móveis planejados, assim como diversos setores da economia brasileira, foi afetado pelo desbalanceamento da cadeia de suprimentos. A escassez de matéria-prima aliada à alta demanda resultou em aumentos de preço de compra nunca observados no ramo moveleiro. Como consequência realizamos três aumentos de preço, quantidade nunca realizada pela Companhia em um mesmo ano. Devido ao risco de desabastecimento, a Companhia aumentou os níveis de estoque, evitando quebras de entrega em um momento em que nossa demanda seguia em alta. 

 

Ao final de 2019, a Companhia aprimorou a ferramenta utilizada pelos lojistas para, mediante adiantamento de valores, postergar o impacto das oscilações de preço. Buscando essa proteção, a ferramenta foi muito utilizada pelos lojistas ao longo de 2021, o adiantamento de clientes, encerrou o ano de 2021 com saldo de R$73,8 milhões (R$20,4 milhões em 2020). Assim, entregamos maior previsibilidade de preço aos nossos lojistas e ao consumidor e mantemos a competitividade de nossos produtos no mercado, dessa forma a Companhia absorveu parte do aumento de custo, que pode ser observado na variação da margem bruta, também impactada pelo aumento da representatividade da receita do canal multimarcas. Parte da redução da margem bruta em função do impacto dos adiantamentos foi amenizada pelo maior rendimento de aplicações financeiras oriundo do caixa adiantado pelos lojistas que pode ser observado no resultado financeiro. 

 

No ano de 2021, as despesas cresceram 17,6%, ou, aproximadamente, R$7 milhões. 

 

O crescimento da operação dos Estados Unidos, as despesas variáveis atreladas ao aumento da receita do mercado externo e a retomada de ações de marketing e viagens, que foram contidas em 2020 por conta da pandemia, são os principais fatores que contribuíram para o aumento. 

 

Cabe destacar a redução nas contingências fruto da qualidade da rede de revendedores. Assim, entregamos uma margem EBITDA levemente superior, entretanto, nominalmente quase 50% maior. Além disso, atingimos o maior ROIC da Companhia desde a abertura de capital, 22,8%. 

 

Em 2021, a Companhia iniciou a execução de seu planejamento estratégico em relação a investimentos fabris para permitir o crescimento sustentável da Companhia, alinhado às demandas dos consumidores, que tem exigido cada vez mais personalização dos produtos, demandando maior flexibilidade fabril para entregar uma gama ampla e diferenciada de padrões e tamanhos. O investimento total é de, aproximadamente, € 14,9 milhões. No início do ano captamos R$ 17 milhões em empréstimo e no dia 28 de maio de 2021, em reunião do Conselho de Administração, foi aprovada a execução de €7 milhões. O restante, envolve aquisições individualmente menores que não ensejam aprovação formal em Conselho de Administração. 

 

A Administração da Companhia proporá na próxima assembleia geral a seguinte destinação do resultado do exercício de 2021: distribuição de R$7,1 milhões via Juros sobre Capital Próprio (JCP), já declarados em reunião do Conselho de Administração de 13 de dezembro de 2021 e a retenção de R$17,5 milhões, para fazer frente aos investimentos citados. A data sugerida para pagamento do JCP é 26 de maio de 2022. 

 

O ano de 2021 foi árduo no quesito de administração de pessoas. Ao mesmo tempo em que tentávamos reduzir a exposição dos colaboradores à pandemia, mantivemos a Companhia funcionando de forma a garantir o fluxo financeiro de todos os stakeholders. A Companhia passou praticamente os primeiros nove meses do ano de 2021 trabalhando em home office para reduzir o fluxo de pessoas na fábrica, reduzimos as viagens, suspendemos visitas à fábrica e diversas ações de marketing. No final do ano, quando os efeitos da pandemia estavam mais brandos, voltamos ao trabalho presencial, entretanto, decidimos voltar ao home office no início de 2022 devido à alta taxa de contaminação da variante Ômicron.

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