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Varejistas vendem anúncios

Por Daniela Maccio - 17 de Junho 2015
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Nos últimos anos, as varejistas brasileiras transformaram seus sites em poderosas ferramentas de venda de móveis e eletros. Agora, essas empresas querem aproveitar o espaço virtual para lucrar também com a venda de anúncios.

 

A ideia é ganhar dinheiro com a audiência que já possuem. Juntas, as páginas na internet das companhias de comércio eletrônico do país receberam quase 13 bilhões de visitas no ano passado. Mas somente 1% desses acessos tornou-se venda, segundo estimativa da empresa de marketing digital Conversion. "A questão é o que fazer com os 90 e tantos por cento que entram no site e não compram", diz Rodolpho Cavadas, diretor do e-commerce da Máquina de Vendas, que reúne as varejistas Ricardo Eletro, Insinuante, Eletro Shopping, City lar e Salfer.

 

Em setembro do ano passado, o grupo decidiu que seus sites de comércio eletrônico passariam a veicular anúncios de outras companhias. Um mês depois foi a vez da Cnova, que controla as operações online de Casas Bahia, Ponto Frio e Extra, a adotar a estratégia. Os anúncios podem ser vistos também em páginas da Magazine Luiza e da líder do setor, a B2W - dona de Americanas.com, Submarino e Shoptime. As peças são variadas.

 

É possível identificar anúncios de operadoras de telefonia, de empresas de segurança e de agências de turismo, por exemplo. As propagandas chegam nas páginas de forma automática por meio do Google, que possui uma plataforma para a negociação de anúncios. Ao aderir ao serviço, a varejista pode selecionar que tipo de anúncio não deseja veicular em seu site. "O controle está todo na mão da empresa. Ela pode bloquear competidores diretamente ou categorias de produto", afirma Sérgio Maria, diretor do Google para América Latina, que coordena a área de parcerias estratégicas com grandes empresas. A partir do filtro, o Google se encarrega de transmitir os anúncios e remunerar a varejista.

 

Com informações da Folhapress

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