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Varejo não se recupera em 2017

Por Jeniffer Oliveira - 08 de Agosto 2017
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Para o Presidente do Conselho do Provar, um dos maiores programas de pesquisa e formação profissional do varejo no Brasil, professor e economista Claudio Felisoni de Angelo, o setor não deve ter um segundo semestre de grande evolução. -Os incentivos para o consumo ainda são muito pequenos. Precisamos melhorar nossa confiança na política para que o mercado encontre uma reação definitiva- diz ele.

 

O Provar realiza pesquisas trimestrais de intenção de compra, que apontaram um crescimento em torno de 2,5% do terceiro trimestre de 2017 (projetado) sobre o terceiro de 2016. O economista explica que “esse crescimento é muito pequeno se compararmos com índices de anos anteriores, principalmente se levarmos em consideração que se trata de um crescimento sobre uma base muito baixa”.

 

Além do problema estrutural da renda média do brasileiro (hoje em torno de 2.000 reais), outro problema que o varejo enfrenta no país é a ausência de crédito. A crise política que vivemos hoje no Brasil tem relação direta com isso. Segundo Felisoni, a crise política leva a uma crise de confiança, e na ausência de confiança no mercado os investimentos somem, o que acaba refletindo diretamente nas vendas do varejo.

 

Mesmo as ações pontuadas que o governo tentou para amenizar a crise, como a injeção de valores do FGTS no mercado, não serão capazes de patrocinar uma retomada definitiva de crescimento do varejo brasileiro para o segundo semestre. “O que o Brasil realmente precisa são de mudanças estruturais, capazes de permitir o ingresso de mais consumidores no mercado. A estabilidade econômica vai abrir gradativamente novas e sustentáveis possibilidades para as operações varejistas” finaliza Felisoni.

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