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Venda de móveis aprofunda queda em setembro

Por Daniela Maccio - 10 de Novembro 2016
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Em setembro de 2016, o comércio varejista nacional recuou 1,0%, em volume de vendas, frente ao mês imediatamente anterior, terceiro resultado negativo consecutivo nessa comparação, acumulando perda de 2,4% de julho a setembro. A receita nominal, também na série livre de influências sazonais, recuou 0,3%, após oito taxas positivas seguidas, período que acumulou ganho de 4,6%. Ainda na série com ajuste sazonal, a comparação com o trimestre imediatamente anterior mostrou acentuação no ritmo de queda no volume das vendas na passagem do segundo (-0,5%) para o terceiro trimestre do ano (-1,7%). A média móvel, com recuo de 0,8% no volume de vendas, mantém a trajetória descendente, registrando em setembro a queda mais acentuada dos últimos quatro meses, enquanto a receita nominal ficou praticamente estável (-0,2%).

 

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o volume total das vendas no varejo registrou queda de 5,9% em setembro de 2016, décima oitava taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Assim, os índices para o volume do comércio varejista também foram negativos tanto para o fechamento do terceiro trimestre de 2016 (-5,7%), como para o acumulado dos nove primeiros meses do ano (-6,5%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, com o recuo de 6,6% em setembro de 2016, reduziu o ritmo de queda frente ao registrado em julho (-6,8%) e em agosto (-6,7%). Para esses mesmos indicadores, a receita nominal de vendas prosseguiu registrando variações positivas: 5,7% contra setembro de 2015; 5,1% no acumulado do ano; e 4,4% em 12 meses, respectivamente.

 

O segmento de Móveis e eletrodomésticos, com queda de 13,4% no volume de vendas em relação a setembro do ano passado, foi também responsável pelo principal impacto na formação da taxa total do comércio varejista. Em termos acumulados, os recuos foram de-13,6% para os nove primeiros meses do ano e de -14,6% nos últimos 12 meses. O comportamento negativo deste setor vem sendo decorrente de fatores como restrições ao crédito, principalmente em função do aumento da taxa de juros no crédito às pessoas físicas, além do impacto negativo da já citada redução da renda real das famílias.

 

Mas se o segmento de móveis e eletros foi mal, o de móveis especificamente foi um pouco pior. As vendas de setembro caíram 13,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado de janeiro a setembro a queda é de 12,8% e sobe para 15,4% no acumulado de 12 meses. Estas taxas negativas foram fortemente influenciadas pela queda de 40,0% verificada em Pernambuco no mês de setembro e de 28,7% no Espírito Santo. Espírito Santo e Distrito Federal lideram as perdas do acumulado do ano com 40,3% e 27,3%, respectivamente.

 

Veja abaixo o quadro completo da variação do volume de vendas de abril a setembro:

 

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