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Incrível! Vendas de móveis sobem 90% em Minas

Por Daniela Maccio - 10 de Março 2016
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O Comércio Varejista inicia o ano de 2016 com queda de 1,5% no volume de vendas e estabilidade (0,1%) na receita nominal, ambas as taxas em relação a dezembro de 2015 (série ajustada sazonalmente). Quanto ao volume de vendas, o resultado mantém-se no campo negativo pelo segundo mês consecutivo. Com isso, a variação da média móvel amplia em janeiro (-1,2%) o ritmo de queda do volume de vendas, em relação ao resultado obtido no mês anterior (-0,5%). Frente a janeiro do 2015, o varejo recuou 10,3%, em termos de volume de vendas, décima taxa negativa consecutiva nessa comparação. A taxa anualizada, indicador acumulado dos últimos doze meses, com queda de 5,2%, assinalou a perda mais intensa da série histórica e manteve a trajetória descendente iniciada em julho de 2014 (4,3%). Para esses mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 1,0% em relação a janeiro de 2015 e de 2,8% nos últimos doze meses.

 

A variação do volume de vendas do setor moveleiro registrou em janeiro queda de 11,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O resultado piorou o acumulado de 12 meses que havia ficado em -16,2% em dezembro. O pior resultado de janeiro foi registrado no Espírito Santo com -44,3%, mas quem surpreendeu positivamente foi Minas Gerais com alta de 78,3%, reduzindo as perdas de 14,1% no acumulado de 12 meses até dezembro para 7,1% no acumulado de 12 meses até janeiro.

 

Na variação da receita nominal, as vendas de móveis em janeiro apresentaram queda de 6,1%, bem menos do que os 17,5% de dezembro. No acumulado de 12 meses a queda é de 12,0%, 0,4% maior do que a taxa verificada em dezembro. A maior redução em janeiro foi verificada no Distrito Federal com -37,4%, muito mais do que a queda de 3,5% registrada no acumulado de 12 meses até dezembro. No outro extremo está Minas Gerais com alta de 90,8% ante uma queda de 9,7% na mesma base de comparação em dezembro.

 

Destaque positivo também para o Rio de Janeiro que registrou alta de 7,8% em volume de vendas e de 9,8% em receita nominal de venda de móveis em janeiro, revertendo queda de 15,7% e 13,4%, registradas em dezembro, respectivamente. O que se observa na análise de janeiro comparativamente a dezembro é a ocorrência de oscilações muito fortes de alta e de queda, sobrando disso uma conclusão: será um ano em que as economias regionais mostrarão suas influências políticas e econômicas de maneira mais clara. Por exemplo, durante o ano passado Brasília registrava índices positivos ou de quedas reduzidas no acumulado de 12 meses, mas os resultados altamente negativos nas vendas mensais a partir de agosto, mês em que ainda apresentou resultado positivo de 3,4% no acumulado de 12 meses, fizeram muita diferença no acumulado de 12 meses até janeiro na variação nominal e vendas, com queda de 13,4%.

 

Por outro lado, o que aconteceu em Minas Gerais em janeiro é um resultado de vendas atípico, já que o estado vinha apresentando durante todo o ano de 2015 variações mensais dentro da média e até de quedas um pouco mais acentuadas em setembro e outubro com -23,9% e -21,7%, respectivamente. Uma avaliação melhor será possível com a divulgação dos dados de fevereiro. Veja abaixo as planilhas com o Volume de Vendas e a Receita Nominal de Vendas de Móveis de julho de 2015 a janeiro de 2016:

 

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