Vendas de móveis despencam

Não é novidade o fraco desempenho de consumo no Brasil este ano. E, naturalmente, os bens duráveis sofrem mais na crise, principalmente pela insegurança do consumidor, credito mais caro e mais seletivo e inflação em alta. Mas o setor de móveis vem sofrendo bem mais do que a média geral este ano. Nos últimos 12 meses até outubro, as vendas (em receita nominal) caíram 8,7% no País, em volume. Em setembro este índice estava em 7,0%. Isso sinaliza que pela primeira vez nos últimos cinco anos o volume de dinheiro gasto com móveis apresentará queda ante o ano anterior. No acumulado do ano a queda de 11,1% até outubro também é maior do que a apresentada até setembro com 10,2%. Apenas na comparação do mês de outubro ante outubro do ano passado o resultado é melhor do que a comparação de setembro com a mesma base de comparação (17,0% ante 17,4%, respectivamente).

 

Desempenho por Estado

Em outubro, a maior queda na receita nominal de vendas de móveis ocorreu no Espírito Santo com -40,3%, enquanto o Ceará registrou a menor taxa com -8,1%. No acumulado do ano a queda mais acentuada foi registrada em Pernambuco com -16,8% e a menor de novo no Ceará com -5,4%. E nos últimos 12 meses a maior redução na receita de vendas foi verificada em Goiás com -13,4% e a menor foi registrada no Distrito Federal com -2,2%.

 

Veja abaixo as planilhas completas do IBGE sobre a variação da receita nominal de vendas e de volume de vendas do comércio em outubro: