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Aumenta a procura por móveis após enchente no Rio Grande do Sul

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Foto: Laura Rolim/GES-Especial

A água que baixou em alguns pontos, deixou casas vazias e as ruas lotadas de lixo. Por conta da falta de itens básicos nas residências, muitos moradores já começaram a buscar lojas para repor móveis que foram perdidos durante a enchente.

 

Próxima do bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, um dos bairros mais afetados pela cheia do Rio dos Sinos, a loja Cia da Casa, no bairro Industrial, tem registrado alta demanda nos últimos dias. Conforme Douglas de Almeida Pompeo, 26, que administra o estabelecimento com a mãe Sônia Almeida, 53, a loja já enfrenta falta de produtos e demora para entregas.

 

“Quase não temos mais móveis. Praticamente limpou os nossos estoques. Também tivemos aumento no valor de compra de algumas mercadorias, por conta da alta procura e pelos bloqueios nas estradas”, afirma.

 

Segundo ele, o objetivo é conseguir bons preços e fazer promoções para os moradores. “Eu mesmo estou indo buscar mercadoria para conseguir um melhor preço. Também estamos montando alguns kits com roupeiro, cama e cozinha por um preço fechado e mais em conta”, explica.

 

Para ajudar a população atingida pela enchente, Pompeo conta que, na semana passada, alguns produtos foram vendidos a preço de custo e sem cobrar entrega. Ele e a família também foram afetados pelas águas, que alagaram a residência onde vivem, no bairro Lomba Grande.

 

“Para ajudar o pessoal, colocamos alguns itens, como colchão, balcão, pia simples, tudo a preço de custo. Não ganhamos nada, foi para ajudar as pessoas mesmo”, afirma. Segundo Pompeo, a procura foi alta e os produtos esgotaram rapidamente.

 

Com a situação do bairro Santo Afonso e arredores, a família está focada em ajudar os moradores muito mais do que rentabilizar com as vendas. “Nós praticamente não estamos ganhando em cima. Estamos tirando para pagar impostos, mas o que queremos é ajudar a comunidade”, reforça Pompeo.

 

A loja atua no bairro há quase 30 anos e essa não é a primeira vez que auxiliam os moradores atingidos pela enchente. “A gente conhece todo mundo aqui. Além de termos o comércio, a gente gosta do bairro. É triste para nós ver essa situação. Tem gente que comprou móvel na enchente de setembro, que nem terminou de pagar, e agora já perdeu tudo de novo”, lamenta o empreendedor.

 

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Família está ajudando desde o início

 

Além da preocupação em auxiliar os moradores com a reposição dos móveis, a família também está motivada em reunir doações e estiveram na linha de frente dos resgates. Pompeo foi um dos que resgatou dezenas de pessoas do bairro. “Eu nunca vou esquecer aquele sábado, quando veio a informação do rompimento do dique, estávamos dentro da água ajudando as pessoas. Era um cenário de guerra”, relembra.

 

“Aqui no nosso bairro, só quem viveu aquela situação para saber. Foi o povo pelo povo. Foram nossos heróis”, reforça Sônia.

 

Fonte: abcmais.com 

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