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Confiança dos varejistas em agosto é a maior em 16 meses

Por Natalia Concentino - 20 de Agosto 2021
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A confiança do empresário do comércio registrou, em agosto, maior patamar em 16 meses, segundo leitura da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Hoje, a CNC anunciou o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), que subiu 4,3% em agosto ante julho, para 115 pontos, com alta de 47,2% ante igual mês em 2020. Foi o maior patamar em pontos do indicador desde abril de 2020 (120,7 pontos).

Para Antonio Everton, economista da CNC responsável pela pesquisa, a tendência é de continuidade de resultados positivos no índice. Com avanço de vacinação contra a covid-19, deve ocorrer consequente retomada maior de varejo presencial - com provável flexibilização futura de atuais restrições de circulação social, delineadas para conter contaminação pela doença. "[O Icec] é sinal de que a crise está ficando cada vez mais para trás", disse.

Mas o técnico fez uma ressalva: o avanço no país da variante delta da covid-19, originada da Índia e mais transmissível, preocupa. Ele frisou ser preciso acompanhar a evolução dessa variante para mensurar impacto em possíveis novas restrições sociais - e, por consequência, em desempenho do varejo.

Ao falar sobre a evolução do indicador, o especialista lembrou que, nos primeiros cinco meses do ano, o Icec mostrou tendência de queda, com posterior recuperação a partir de maio - quando volta a subir. "O indicador passou a se recuperar de maneira mais forte em junho, julho, e agora, em agosto", completou.

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A vacinação mais ágil contra covid-19 em meados do ano foi fundamental para essa retomada, admitiu o técnico. "A vacinação da população é a vacinação do comércio. No aspecto das vendas presenciais, os consumidores passam a ter mais confiança [para comprar presencialmente]", observou.

O especialista notou que, com comércio ensaiando retomada em meio à pandemia, o setor acaba influenciando positivamente a economia como um todo. Ele reiterou projeção da CNC, já veiculada, de alta de 5,1% em vendas do varejo restrito em 2021 - no ano passado, quando a pandemia começou no país, as vendas subiram apenas 1,2%. "A projeção de vendas do varejo é muito parecida com as estimativas para [alta do] PIB esse ano" comentou, lembrando que essas também oscilam na faixa dos 5%.

Para o técnico, os sinais nas perspectivas de vendas do varejo, até o momento, indicam que o Icec tende a ficar positivo até o fim do ano. Mas ele reiterou ser preciso acompanhar panorama do avanço da delta, no país, caso essa variante induza a nova explosão de casos da doença - e, assim, mensurar possíveis impactos de possível piora do quadro sanitário no andamento dos negócios do varejo, nos próximos meses.

(Com informações Valor PRO)

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