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Demanda por móveis compactos está crescendo

Por Jeniffer Oliveira - 03 de Abril 2018
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Em 2012, 19% dos lançamentos residenciais na cidade São Paulo mediam menos de 45 m². No ano passado esse segmento representou 58% do total. Com exceção a 2016 – período em que a crise atingiu em cheio o mercado imobiliário, a cada ano os imóveis com menos de 45 m² ocupam uma parcela maior dos empreendimentos disponibilizados para os consumidores. Os dados, apurados pela Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio), fazem parte de pesquisas e análises realizadas pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e servem como parâmetro para os players ligados ao mercado da construção, como o segmento de móveis e decoração.

 

“Se nas grandes cidades pessoas estão morando em locais menores, a indústria moveleira precisa oferecer um mobiliário adequado a essa realidade. Às vezes os modelos têm de ser mais compactos, mas em boa parte dos casos o ideal é que sejam flexíveis e capazes de aproveitar espaços perdidos”, afirma Ronald Heinrichs, proprietário e CEO da Meu Móvel de Madeira (MMM).

 

De acordo com Heinrichs, entre os itens campeões de venda na MMM destacam-se justamente as camas com gavetas, nichos, sapateiras e até criados-mudos embutidos, como a Till Up, a Charme, a Bali e a Setorize – esta última foi lançada no ano passado em parceria com a personal organizer Micaela Góes e o Estúdio Baobá. São modelos que fazem uso de uma área sob o colchão, que em apartamentos compactos pode representar um considerável local de armazenamento. “Basta pensar que uma cama de casal padrão ocupa 2,60 m². Isso equivale a quase 6% da área de um apartamento de 45 m²”, avalia o empresário.

 

Peças multifuncionais para as novas necessidades

 

Até 2012, a metodologia de pesquisa do Secovi-SP fazia um cruzamento entre o número de dormitórios e a área útil dos imóveis residenciais lançados. De acordo com esses dados, pode-se afirmar que, em 2007, os apartamentos de 1 quarto lançados na cidade de São Paulo tinham 44,23 m² de área útil. Já em 2012, essa metragem caiu para 39,52 m². Heinrichs afirma que a MMM investe no mobiliário multiuso para atender as necessidades de quem compra esses apartamentos cada vez menores.

 

Estudar as plantas dos novos empreendimentos residenciais, principalmente os do mercado paulistano, e acompanhar as revistas de decoração alimentam o setor de criação da MMM. Mas foi uma ação de marketing da própria empresa que evidenciou a necessidade de focar em móveis compactos: a casa-container MMM 404, de 27 m², que esteve aberta para visitação em Florianópolis em maio de 2015. “Como nós mesmos decoramos a casa, descobrimos o quanto é difícil encontrar peças que caibam bem em uma área tão pequena”, lembra Grasielli Leite, líder da equipe de design da empresa, contando que uma das linhas da MMM, a Petit, foi desenvolvida nessa ocasião, já que eles precisavam de um balcão de pia adequado às dimensões do banheiro do container.

 

(Com informações da Exame)

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