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Economia cresce 3,3% em junho, aponta FGV

Por Jeniffer Oliveira - 22 de Agosto 2018
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A economia brasileira registrou crescimento de 3,3% em junho na comparação com maio, segundo dados do Monitor do PIB-FGV, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na última segunda-feira (20). Em maio, a economia havia apresentado retração de 2,6%. Em relação a junho de 2017, a economia cresceu 2,4%.

 

No segundo trimestre, em comparação ao primeiro trimestre, o crescimento foi de 0,3% – 6ª taxa positiva consecutiva nesta comparação. Na comparação com o 2º trimestre de 2017, a atividade econômica cresceu 1,2%.

 

Segundo o coordenador do Monitor do PIB-FGV, Claudio Considera, o crescimento no segundo trimestre indica que os efeitos da greve dos caminhoneiros em maio foram revertidos em junho.

 

“Mesmo com o trimestre tendo sido encerrado com retrações em segmentos chaves como indústria, formação bruta de capital fixo e exportação, houve crescimento da agropecuária, serviços e consumo das famílias, fazendo com que a economia continue na sua trajetória de lenta retomada”, afirmou Considera.

 

 

Por setores


O Portal Ibre da FGV utilizada o critério de comparação do 2º trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado para analisar o desempenho dos setores.

 

Pela ótica da oferta, embora as atividades de extrativa mineral (-0,6%), construção (-0,5%) e serviços de informação apresentem variações negativas, os resultados sinalizam trajetória de melhora com relação às taxas divulgadas nos trimestres anteriores. Na ótica da demanda, apenas a exportação retraiu, com queda de 2,9%.

 

O consumo das famílias cresceu 1,8%, indicando movimento decrescente após ter crescido 3,1% no trimestre móvel terminado em abril. O resultado positivo teve forte contribuição do consumo de produtos duráveis.

 

A formação bruta de capital fixo (FBCF), índice que mede os investimentos das empresas, cresceu 4,1% no período, revertendo a redução de maio em decorrência da greve dos caminhoneiros, e com melhora de todos os componentes, incluindo a construção, que ainda está negativa, mas apresentou a melhor taxa (-1%) desde maio de 2014 (-0,9%). No 2º semestre, a FBCF teve peso no PIB brasileiro de 18%. Ou seja, quase um quarto do que é produzido no Brasil dependeu dos investimentos das empresas.

 

A exportação caiu 2,9%. Considerando os três grandes setores, apenas a exportação de produtos agropecuários apresentou crescimento (6,7%). Já a importação cresceu 6,5%, com as maiores contribuições vindo de bens de capital e dos bens intermediários.

 

(Com informações do G1)

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