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Incertezas econômicas mantém Selic em 6,5%

Por Jeniffer Oliveira - 13 de Dezembro 2018
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O Banco Central manteve, mais uma vez, a Selic em 6,5%. A taxa está nesse patamar desde o fim do ciclo de quedas, em março. Essa medida está em consonância com as incertezas políticas, que só devem ser dissipadas quando o novo governo colocar de forma clara quais são as suas propostas e suas diretrizes para a Política Econômica em 2019, avalia a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

 

Para a Federação, não há indícios de fortes pressões adicionais no curto prazo, tampouco necessidade de retomar o ciclo de alta de juros, visto que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou queda de 0,21%, em novembro. No entanto, entende que o Banco Central não quis tomar uma decisão mais ousada nesta última reunião sob a administração atual.

 

Combinada com as expectativas de inflação, a taxa de juros real deste ano pode fechar próxima ao patamar de 2% a 2,5%, relativamente baixa para os padrões brasileiros, mas que não geram riscos à meta de inflação por enquanto.

 

Diante de um início de recuperação econômica e ainda de incertezas no quadro para 2019, a FecomercioSP acredita ser correta a postura cautelosa do Banco Central, que poderá ser mais ousada se o próximo governo passar da proposta de uma agenda reformista para a apresentação efetiva de projetos e a mesma obtiver boa aceitação do Congresso. Então, haverá a possibilidade de terminar o ano de 2019 com juros e inflações menores.

 

A FecomercioSP afirma que apoia todo o processo de redução de juros e que espera que o País termine de fazer seu ajuste fiscal o mais rápido possível, permitindo não só a queda mais acentuada da taxa, como também impedindo que em 2019 o Brasil tenha que passar por outro ciclo de alta da Selic.

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