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Intenção de consumo tem maior alta da história

Por Jeniffer Oliveira - 21 de Janeiro 2019
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Um ambiente de juros mais baixos, inflação controlada e sinais de melhora no emprego levou a intenção de consumo a maior alta da história em janeiro. É o que mostra o levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

 

O indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 5,1% em janeiro ante dezembro, marcando 95,9 pontos, em uma escala que varia de zero a 200 pontos. Essa foi a maior elevação mensal desde início da série histórica do indicador, em janeiro de 2010. Já na comparação anual, o aumento foi de 14,7%.

 

Apesar da melhora no índice, a pontuação ainda está abaixo de 100 pontos, o que demonstra uma cautela dos consumidores. No entanto, o economista da CNC, Antônio Everton, afirma que as perspectivas para o comércio são mais favoráveis neste ano. Inclusive, a entidade revisou de 5,5% para 5,8% a projeção de alta para 2019 no volume de vendas do varejo ampliado.

 

Na pesquisa, os sete tópicos usados para cálculo do ICF mostraram aumento em todas as comparações. É o caso das altas observadas, em janeiro ante dezembro, de emprego atual (3,1%); perspectiva profissional (5%); renda atual (3,8%); compra a prazo (4,9%); nível de consumo atual (4,4%); perspectiva de consumo (5,8%); e momento para duráveis.

 

"Tivemos um elemento de 'combustão' muito grande para elevar a intenção de consumo que foi o sinal de reativação do mercado de trabalho", observou o especialista, explicando que, na prática, o consumidor percebe maior ritmo de abertura de vagas e eleva a perspectiva de consumo para os próximos meses. Everton não descartou possibilidade do ICF voltar ao patamar acima de 100 pontos neste ano.

 

 

Intenção de consumo nas regiões

 

Regionalmente, o ICF revelou que as famílias do Centro-Oeste são as únicas satisfeitas nas intenções de compras, alcançando 100,7 pontos, acima da zona de indiferença (100 pontos). Em seguida, aparecem o Sul (99,4 pontos) e o Nordeste (96,1pontos).

 

De maneira geral, as famílias brasileiras se apresentaram em melhores condições e menos insatisfeitas do que há um ano. Na comparação com 2018, o ICF oscilou +14,7%, graças às variações no Sudeste (+17,8%) e no Nordeste (+16,1%), principalmente.

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