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Loja online de móveis prepara expansão

Por Jeniffer Oliveira - 23 de Novembro 2018
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A Westwing, startup de venda de móveis e artigos de decoração pela internet, se prepara para uma expansão e transformação em seu modelo de negócio. O impulso vem de um novo investidor, o fundo de private equity Axxon Group, que comprou uma participação majoritária na operação brasileira, tornando-a independente do grupo global, que está presente em 14 países.

 

Os planos, atualmente, são expandir a presença da companhia e ajustar o portfólio para incluir produtos fixos. Hoje a empresa atua com mais de 700 fornecedores diferentes, além de uma marca própria, que representa cerca de 15% de tudo que é vendido.

 

Assim como uma loja de roupas e acessórios, essa varejista de móveis e artigos para decoração vende principalmente com base em coleções. Todos os dias, o site possui cerca de seis campanhas no ar, com 50 a 400 produtos diferentes. “A ideia é dar dinamismo e frescor ao site. Se você entrar na loja hoje ou na semana que vem, são duas lojas diferentes”, afirma o sócio da startup, Eduardo Oliveira, acrescentando que essa mudança nas coleções leva os consumidores a acessarem o site com maior frequência e a comprarem de quatro a cinco vezes por ano, em média.

 

A companhia tem 8 milhões de clientes cadastrados em seu site. O faturamento em 2017 foi de 170 milhões de reais e, nos últimos quatro anos, a empresa cresceu cerca de 20% ao ano. Em 2018, o crescimento esperado é de 44%. Mas em 2016 a empresa já havia atingido o break even, ou seja, receitas maiores que os gastos. Por isso, há pouco mais de um ano buscava investidores para contribuir com capital e com o desenvolvimento do negócio no Brasil. Encontrou o Axxon Group.

 

Com a independência, chega também a rapidez. Algumas operações de marketing e de tecnologia eram realizadas na Alemanha, sede da companhia, e agora todas são feitas pela equipe brasileira. “Era importante ter essas tarefas nas nossas mãos. E, para o grupo, a transação também foi relevante para sua estratégia de focar na Europa”, afirma Andres Mutschler, CEO, fundador e atual sócio da operação brasileira.

 

Com o aporte, a empresa irá sofrer mudanças importantes em seu modelo de negócios. Inicialmente voltada apenas para as lojas na internet, a empresa irá investir em sua expansão física. Ela abriu em 2017 sua primeira loja permanente, no bairro da Vila Madalena, em São Paulo (SP), depois de atuar com duas lojas temporárias em shopping centers da cidade. Agora, o objetivo é abrir novas unidades, com uma possível expansão pela América Latina.

 

Outra mudança será em relação ao sortimento. Ainda que as coleções tragam dinamismo e tráfego ao site, a startup percebeu que é importante vender produtos fixos, como sofás e cadeiras, já que os consumidores normalmente levam mais tempo pesquisando para fazer essa compra. “Estamos estudando o sortimento, mas ainda teremos muitas opções, com o diferencial da nossa curadoria”, explica Mutschler.

 

Apesar de a startup ainda ser pequena, o fundador afirma que os preços são competitivos em relação a concorrentes como a Tok&Stok ou lojas de móveis em locais como o Shopping D&D, na capital paulista. Mesmo com um sócio de peso e capital no bolso, o mercado é cada vez mais desafiador, a empresa não é a única a vender móveis pela internet de forma ágil e moderna. A marca Oppa, por exemplo, foi comprada pela Meu Móvel de Madeira no início de 2018. Já a Mobly deu um passo ousado e abriu capital na Alemanha este ano.Além disso, há a falta de hábito do brasileiro de comprar móveis pela internet. Aqui, em 2017, apenas 1% dos móveis foi vendido online.

 

(Com informações da Exame)

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