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Madeira certificada é critério decisivo na compra de móveis

Revisado Natalia Concentino - 10 de Novembro 2025
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Imagem: Freepik

Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que 58% dos consumidores brasileiros consideram importante os selos e certificações socioambientais na decisão de compra. Na área de arquitetura e decoração, isso se dá a partir da escolha dos insumos utilizados nos ambientes, como é o caso de pisos, tintas e mobiliário.

 

A empresária Simone Oliveira, diretora da Movepar Curitiba, explica que no setor moveleiro, esse comportamento reforça a adoção de madeira certificada, que é o padrão adotado pela empresa. “O nosso consumidor é muito exigente e a consciência ambiental faz parte disso”, afirma.

 

Simone explica que na Movepar, orçamento e contrato deixam exposto o que será entregue, como materiais, medidas e acabamentos. “Transparência reduz ruído e facilita comparar propostas por qualidade, durabilidade e preço”, resume.

 

No Brasil, há oferta suficiente de matéria-prima certificada. O Brasil conta com 9,49 milhões de hectares de florestas com selo FSC e 1.370 certificações de cadeia de custódia ativas, de acordo com os dados de agosto deste ano. A cadeia de custódia é o “rastro” do material: permite seguir a madeira do manejo até o produto final, sem misturas não certificadas.

 

Além disso, o sistema brasileiro segue endossado pelo PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification) desde 2005, com manutenção do endosso em agosto de 2023. Isso mostra escala e regras claras para quem especifica madeira de origem comprovada.

 

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PESQUISA

 

 O levantamento da CNC, realizado em 2024 com 1.019 consumidores em todas as regiões do Brasil, confirma que selo confiável pesa na compra. No total, 21% o classificam como “extremamente importante” e 37% como “importante”. Para o varejo de mobiliário, certificação é evidência objetiva de origem responsável.

 

Segundo a empresária, para que o cliente possa ter certeza do material que está sendo utilizado nos móveis, é necessário que todas as informações do produto sejam documentadas. “Na obra, buscamos eficiência. Otimizamos o corte, destinamos as sobras corretamente e especificamos ferragens de longa vida. No pós-venda, entregamos um manual de manutenção para ampliar a durabilidade do móvel”, afirma.

 

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