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Mobiliário português reduz exposição ao Reino Unido

Por Natalia Concentino - 23 de Setembro 2019
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Mobiliário português reduz exposição ao Reino Unido

Fabricantes de mobiliário e marcenarias portuguesas estão reduzindo a exposição ao Reino Unido devido ao risco do Brexit, optando por parcerias locais em vez de abrir espaços físicos e deslocar pessoal, afirmou o presidente da Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP), Vítor Poças.

“O Brexit traz aos empresários um clima de receio e algumas empresas estão optando por parcerias locais em vez de se instalarem com pessoas e abrirem loja”, afirmou o presidente da entidade empresarial. Esta estratégia está sendo adotada por empresas que, além do produto final, prestam serviços de projeto e design de trabalhos sob medida para a construção civil, obras públicas ou espaços comerciais.

Em 2018, as exportações de madeiras e mobiliário para o Reino Unido ascenderam a 202,585 milhões de euros, 6% mais do que os 191,849 milhões de euros registados no ano anterior.

Mobiliário, madeira serrada e marcenaria representam 82% do total vendido pelo setor para o mercado britânico em 2018, representando não só o produto final mas também serviços.

Segundo Vítor Poças, as empresas podem fazer levantamentos e projetos no local, mas vão produzir a maior parte dos produtos em Portugal, e apenas a instalação será feita posteriormente pelos parceiros no Reino Unido.

No entanto, Vítor Poças observou que o Reino Unido continua a ser um mercado importante para o setor. Embora admita que existe uma preocupação e consciência sobre o impacto da saída do Reino Unido da União Europeia, prevista para 31 de outubro, em termos de burocracia, circulação de mão de obra e tarifas aduaneiras, disse não sentir “que o assunto seja prioritário”. “O que sentimos é que esta aposta é assumida com grande risco, porque o Reino Unido compensa em termos de visibilidade para outros países”, adiantou Poças.

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