IMG-LOGO

Móveis puxam crescimento de 10,1% das vendas no 1º semestre

Por Natalia Concentino - 19 de Julho 2021
Screenshot_1.png

As vendas do comércio físico brasileiro registraram aumento de 10,1% no primeiro semestre de 2021 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse foi o maior crescimento semestral desde 2010, no entanto, segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “é preciso levar em consideração que a alta observada é uma recuperação parcial, pois não compensa a queda expressiva relacionada a pandemia em 2020”. Confira a variação dos semestres no gráfico abaixo.

O segmento de Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática ganhou destaque, pois cresceu 13,6% no primeiro semestre deste ano. Porém, o cenário também registra retrações, estas para os setores de Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios, bem como, Combustíveis e Lubrificantes. “Os números do acumulado de janeiro a junho em 2021 poderiam estar melhores, mas a segunda onda de Covid-19 e as restrições de funcionamento impostas ao varejo impactaram a retomada”, explica o economista. Abaixo a tabela com os dados completos.

leia: MAIS DE 20 MILHÕES DE BRASILEIROS COMPRAM ONLINE NA PANDEMIA

Variação mensal revela segunda alta do ano

De acordo com o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, junho de 2021 teve alta de 1,1% ante o mês anterior. Mesmo em desaceleração, essa é a segunda expansão do ano, já que maio marcou a primeira, com aumento de 3,6%. Nessa análise, o segmento de Tecidos, Vestuários, Calçados e Assessórios teve um crescimento expressivo, de 30,9%, que impulsionou o cenário positivo do índice. Os únicos setores a marcarem queda foram os de Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas, assim como Material de Construção. Veja na íntegra os dados na tabela abaixo. 

O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, explique que embora os comércios tenham voltado a funcionar com restrições mais leves em maio, a confiança financeira do consumidor segue abalada. “Com o alto nível de desemprego e a diminuição do auxílio emergencial, as pessoas ainda estão seguindo o modelo de consumo por necessidade, o que afeta as vendas do varejo. A alta expressiva do setor de Tecidos, Vestuários, Calçados e Acessórios pode estar ligada ao período de frio iniciado em junho, que reforçou a demanda por esses itens”.

Clique aqui e veja a série histórica do indicador na íntegra. 

Comentários