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Novo governo é visto com bons olhos

Por Jeniffer Oliveira - 31 de Outubro 2018

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Mudança. É o que todos queriam para o País e, no dia 28 de outubro, ela veio por meio da eleição de Jair Messias Bolsonaro como novo presidente do Brasil. O candidato eleito traz boas expectativas para os empreendedores, inclusive para empresários do setor moveleiro. E não é à toa. No seu primeiro discurso, Bolsonaro reforçou aquilo que já havia deixado claro durante toda sua campanha: agora será o momento de desburocratizar e permitir que cada um tenha mais liberdade para criar e construir seu futuro.

 

Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima), Irineu Munhoz, a expectativa com relação ao novo governo é muito positiva. Ele espera que sejam aprovadas as reformas necessárias para que a economia avance. Além disso, acredita que o novo presidente realizará investimentos em infraestrutura, principalmente nas ferrovias, para melhorar a logística e aumentar a capacidade de escoamento da produção. “Nós conseguimos produzir com um preço bom, mas no Brasil o transporte é feito predominantemente por rodovias, que são um modal muito caro. Os impostos também encarecem demais os custos logísticos e tiram nossa competitividade com outros países. Os chineses, por exemplo, conseguem entregar um contêiner no equador por mil dólares, aqui em Arapongas o custo é maior só para levar transportá-lo ao porto”, compara Munhoz.

 

O presidente do Sima também acredita em uma política mais sustentável com acordos bilaterais que melhorem o relacionamento internacional das empresas brasileiras e aumente as exportações de móveis. “Existe a redução de impostos diretos na exportação, mas os indiretos ainda são muito altos”, critica, afirmando que acredita na melhora da situação em breve, pois já é possível ver reflexos no mercado apenas com a definição do novo presidente.

 

As expectativas na visão do presidente do Sindicato da Indústria do Mobiliário de Mirassol (Simm), Pedro Bemvindo Rodrigues, também são as melhores possíveis. “Chegou o momento de ver o Brasil com novos olhos, a mudança já aconteceu e acredito que agora tudo vai melhorar”, declara, explicando que o primeiro discurso do presidente eleito deixa claro o quanto ele vai investir na economia, reduzindo os juros da indústria. “Como estava não dava para ficar, por isso que o pessoal aqui votou em massa. Esse novo governo vai quebrar paradigmas, temos a obrigação de acreditar que agora o Brasil vai voltar a ser um país em crescimento e vamos conseguir isso com a força trabalho honesto”, projeta.

 

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de São Bento do Sul (Sindusmobil), Fernando Hilgenstieler, os moveleiros do polo já estão mais confiantes com a mudança. “Pela conversa que tive com vários empresários, desde os mais pequenos até aos de maior porte, as expectativas são positivas em relação a investimento, contratação e expansão de mercado, pois com a eleição do Bolsonaro a previsibilidade do que vai acontecer no País nos próximos anos é maior”, comenta Hilgenstieler, acrescentado que a questão não é só o novo presidente, mas que a equipe de ministério que ele está montando também assegura mais confiança.

 

O presidente do Sindicato das Indústrias de Madeira e do Mobiliário de Linhares e Região Norte do Estado do Espírito Santo (Sindimol), Ademilse Guidini, acredita na atuação direta para que as propostas apresentadas sejam realmente implementadas, como a simplificação do sistema tributário brasileiro, a redução do déficit público e as aprovações das reformas para colocar o País novamente em uma rota de crescimento. “Estas medidas somadas a outros pontos importantes, como a desburocratização e a segurança jurídica, são necessárias para retomada dos investimentos e geração de empregos. De um modo geral estamos muito confiantes e acreditamos que este é o momento para o Brasil fazer os ajustes que são realmente necessários”, afirma Guidini. Quanto ao setor moveleiro, o presidente do Sindimol considera que os resultados alcançados nos últimos meses, mesmo que de modo mais lento do que o esperado, também trazem esperança e, com a mudança do governo, acredita que haverá um ciclo de crescimento nos próximos anos.

 

Para o presidente do Sindmóveis de Bento Gonçalves, Edson Pelicioli, os desafios são enormes e há muito trabalho a ser realizado tanto na esfera estadual quanto federal.  “No Estado, além da situação das finanças públicas ser muito difícil, o novo governo terá que lidar com questões que há muito vêm impactando os setores produtivos: carga tributária, investimentos em infraestrutura, segurança e educação. Com relação à eleição do novo presidente e legislativo federal, esperamos que sejam feitas as reformas necessárias, reduzindo custos, carga tributária, modernizando o estado, desburocratizando e incentivando os investimentos para o desenvolvimento da economia”, analisa Pelicioli, acrescentando que o empresário precisa de segurança para retomar o nível de investimentos – o que impacta diretamente na geração de postos de trabalho. “Também há expectativa de uma boa condução macroeconômica. Ao Sindmóveis, enquanto entidade setorial, cabe fortalecer ainda mais seus projetos de desenvolvimento para a indústria moveleira, seja por meio de ações comerciais, inteligência de mercado ou identificando novas oportunidades no mercado internacional”, complementa.

 

Na análise do CEO do Intelligence Group, Ari Bruno Lorandi, quando olhamos para o apoio que Jair Bolsonaro recebeu nos mais importantes polos moveleiros do Brasil, fica claro o compromisso do novo presidente com o setor. Em São Bento do Sul (SC), Bolsonaro recebeu 85,11% dos votos; em Arapongas (PR), 83,4%; em Bento Gonçalves (RS), 81,5%; em Mirassol (SP), 77,8%; em Linhares (ES), foram 65,9% e em Ubá (MG), 58,9%. “Temos convicção de que sairemos de um círculo vicioso de muitos anos, de uma política perniciosa, para ações que alcancem os verdadeiros interesses dos brasileiros e, então, vamos entrar num ciclo de desenvolvimento. Quando isso se confirmar, teremos certeza de que todo o esforço mobilizado pelos empresários nestas eleições terá valido a pena”, pontua Lorandi.

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