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“Precisamos de voz forte para o setor ser ouvido pelo governo”

Revisado Natalia Concentino - 01 de Outubro 2025
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O presidente da Câmara de Empresarios Madereros e Afines da Argentina (CEMA), Jorge Ricciuti, destacou a importância de o setor manter uma voz forte e unificada para ser ouvido pelo governo. Em meio às dificuldades atuais — queda nas vendas, concorrência das importações e altos custos de financiamento — o dirigente reforçou que a indústria precisa estabelecer novos projetos e alianças estratégicas para enfrentar os desafios.

 

Segundo Ricciuti, a atividade sofreu uma retração de cerca de 40%, com resultados desiguais entre diferentes nichos. O crescimento do comércio eletrônico também mudou o comportamento do consumidor, reduzindo as compras presenciais. Apesar da ameaça das importações, o consumidor final ainda valoriza fatores como qualidade, o que mantém certa competitividade para a indústria local.

 

Outro entrave apontado é o elevado custo financeiro, considerado superior até mesmo aos tecnológicos ou de produção, dificultando a competitividade das empresas.

 

Perspectivas

 

A CEMA avalia que, embora o governo tenha adotado algumas medidas necessárias, os métodos aplicados não resultaram em maior apoio social nem no fortalecimento do consumo interno. A expectativa é de que, no curto prazo, persistam as dificuldades, mas que, a médio prazo, acordos possam abrir caminho para melhores resultados.

 

Entre as maiores preocupações está a manutenção de uma força de trabalho qualificada, considerada um ativo estratégico para o setor.

 

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Futuro e desafios

 

Para a entidade, não existe uma resposta única para a recuperação. Porém, é consenso que é preciso romper com práticas repetitivas que já não trazem resultados. “O setor deve abrir-se mais à colaboração entre colegas e câmaras, compartilhar capacidades e buscar novas oportunidades”, afirmou Ricciuti.

 

O dirigente também ressaltou a importância de alavancar investimentos em tecnologia já existentes e buscar parcerias para ampliar a produção.

 

Mudança geracional e tecnologia

 

A CEMA vê a chegada de uma nova geração como uma oportunidade de transformação. Jovens mais familiarizados com tecnologias digitais, inteligência artificial e automação já começam a assumir espaço no setor.

 

Para apoiar essa transição, a entidade está formando o grupo “CEMA Jóvenes”, que atuará em conjunto com a atual gestão para enfrentar os desafios tecnológicos e a mudança geracional.

 

“Essa adaptação já está em andamento, e precisamos garantir que a Câmara esteja preparada para lidar com as novas demandas produtivas e industriais”, concluiu Ricciuti.

 

Com informações www.maderaytecnologia.com.ar

 

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