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Prepare-se porque vem aí a próxima onda de comércio digital

Por Natalia Concentino - 27 de Outubro 2020

O comércio digital ainda precisa reproduzir um aspecto-chave da experiência na loja: o poder dos consumidores poder tocar e experimentar os produtos antes de comprá-los. Essas interações ajudam as pessoas a determinar a qualidade, as dimensões e a adequação para saber se um produto atende às suas necessidades e expectativas. Esse conjunto de fatores, somada ao controle, a transparência e a tangibilidade aumentam a confiança na compra, mostra estudo realizado pela Accenture (empresa multinacional de consultoria de gestão, tecnologia da informação e outsourcing), envolvendo 14 categorias de produtos (como automotivo, produtos de beleza, eletrônicos, moda e móveis, entre outros) em 12 países, menos o Brasil.

“Por mais que os consumidores amem a conveniência do comércio digital, não há certeza quando compram online produtos que não experimentaram pessoalmente. Esse colchão tem o conforto na medida certa? É tudo adivinhação e dedos cruzados até que o produto apareça na porta e as pessoas possam ver por si mesmas”, observa o trabalho.

Muitas marcas estão tentando solucionar esse elo oferecendo mais vídeos de produtos, parcerias com influenciadores e políticas generosas de devolução, mas de acordo com a pesquisa, não são suficientes. Uma das conclusões é que a divisão perceptiva entre físico e digital pode custar oportunidades de crescimento de vendas em categorias de produtos que os consumidores compram online hoje. 

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As marcas também estão perdendo vendas em categorias como automotiva e luxo, que não vendem bem online porque as pessoas têm medo de comprar esses produtos à distância. No entanto, com os consumidores mais abertos para comprar mais categorias online após o COVID-19, a pressão está sobre as marcas para eliminar essa divisão.

Vencer no comércio digital exige experiências envolventes com produtos e serviços que proporcionam aos consumidores confiança na compra. Surpreendentemente, as principais marcas de consumo já entendem isso. “Nossa análise revela que 64% estão começando a investir em experiências imersivas para o comércio. No entanto, muitos não estão investindo em formas escaláveis ​​ou conectadas em toda a empresa. Eles estão fazendo coisas como enviar modelos 3D em páginas de produtos, fazer curadoria de paletas de maquiagem personalizadas e disponibilizar desfiles de moda virtuais para aproximar as pessoas dos produtos no mundo digital”, aponta o estudo. E conclui:

“As tecnologias imersivas tornam essa próxima era de experiências de compras possível. As tecnologias amadureceram. O que era uma novidade peculiar apenas alguns anos atrás se tornou um utilitário poderoso hoje. A boa notícia é que tecnologias como realidade aumentada, vídeo 360°, conteúdo 3D e realidade virtual não só estão mais sofisticadas do que nunca, como também são muito acessíveis para as marcas”.

 

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