IMG-LOGO

Quem quer ser vendedor?

Por Gabrielly Zem - 08 de Abril 2022
Screenshot_1.png
O varejo acaba servindo como uma boa oportunidade de ganhar dinheiro para pagar os estudos e adquirir experiência no mercado

Ser ou estar vendedor? Essa é uma questão que aflige quem está ingressando no mercado de trabalho, especialmente no varejo. Por ser um setor muito acolhedor e que não costuma exigir tanta experiência, servindo de primeiro emprego para várias pessoas, o varejo acaba servindo como uma boa oportunidade de ganhar dinheiro para pagar os estudos e adquirir experiência no mercado.

 

Na edição de janeiro/fevereiro da Móveis de Valor, Ari Bruno Lorandi, CEO do Intelligence Group, trouxe um texto escrito por Emi Ohashi, gerente regional da Tok&Stok, em que ela refletia exatamente sobre a carreira no varejo. Aproveitando essa publicação, resolvemos ir mais fundo no tema e entender exatamente o que motivou a autora a escrever sobre isso e como é sua vivência no varejo depois de tantos anos de mercado.

 

“No mês passado tive duas demissões ocasionadas pela decisão de dois colaboradores em seguir a carreira deles. Eles me procuraram e agradeceram muito a oportunidade e pelo período que passaram comigo, mas disseram que precisavam seguir suas carreiras nas respectivas áreas de atuação”, começa a contar Emi. Ela também comenta que perguntou aos dois funcionários se eles nunca pensaram em seguir carreira no varejo, mas a resposta que obteve foi de que eles usaram o varejo apenas como um trampolim para que conseguissem alcançar seus objetivos.

 

LEIA: Mudança no varejo: sai Luiza Helena, entra Luciano Hang

 

Emi Ohashi entendeu exatamente o momento que esses colaboradores estão vivendo, pois ela viveu algo semelhante 28 anos atrás, quando ingressou no mercado de trabalho. “Eu comecei a trabalhar também para pagar os estudos, eu não tinha uma profissão ainda e o varejo sempre acolhe inexperientes, então eu comecei a trabalhar numa loja de fotos como caixa. É muito difícil sem uma faculdade conseguir um estágio, nessa época eu tinha acabado de concluir o ensino médio e por isso eu tive que começar no varejo”, explica.

 

Mas, contrariando uma boa parte das pessoas, Emi decidiu seguir carreira nessa área e hoje se vê satisfeita com o que foi conquistando ao longo desses anos. “Como já contei, comecei como caixa, fui vendedora e depois passei para os cargos de liderança e assim construí uma carreira consolidada e consegui meus objetivos. Assim como em muitas carreiras, eu, hoje, como gerente regional, ganho muito mais do que muitos colegas que fizeram faculdade e que trabalham nas áreas de formação”.

 

Por ter essa vivência, a profissional acredita que as crianças e os jovens devem saber que não há problema algum em ser vendedor e que isso pode, inclusive, ser a sua profissão, com a oportunidade de construir uma carreira. “Acredito que quando o jovem entra no varejo, a gente pode mostrar para ele que o setor pode dar uma carreira sólida e bem remunerada. Porque hoje muitos jovens entram no varejo sem acreditar que podem conseguir sua casa própria ou seu carro, trabalhando com isso. E ele pode, desde que consiga se aperfeiçoar, estudar e, principalmente amar o varejo”, reflete.

 

Leia essa matéria na íntegra na próxima edição da Revista Móveis de Valor que estará disponível na semana que vem.

Comentários