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Rede de móveis de BH denunciada por fechar sem entregar serviços

Revisado Natalia Concentino - 11 de Outubro 2023
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Foto: Divulgação

Clientes de uma rede de lojas de móveis planejados de Belo Horizonte denunciam que foram vítimas de um golpe. Segundo os consumidores, a empresa Raro Ofício recebeu pagamento por vários serviços e fechou as portas. A Polícia Civil investiga o caso.

 

A coordenadora de projetos Carolina Drummond e o noivo gastaram R$ 57 mil para montar todos os ambientes da casa, pagaram tudo há mais de um ano e não receberam nada.

 

"É um dinheiro suado, a gente parcelou de 15 vezes, o tanto que a gente ficou apertado financeiramente. É um sonho, o sonho da casa própria, você mudar e ter os móveis lá do jeitinho que você sempre sonhou. Confiei na empresa, e eles simplesmente desapareceram", disse Carolina.

 

Pelo menos 130 pessoas denunciaram em um site de reclamações que foram vítimas da Raro Ofício. Uma cliente relatou que fez uma compra de R$ 26 mil na loja localizada no Shopping Minascasa, mas não consegue mais contato com os responsáveis.

 

Segundo as vítimas, as três lojas que funcionavam na capital mineira fecharam as portas, mas as reclamações sobre o atraso na entrega das mercadorias começaram antes disso.

 

leia: Polícia investiga empresa de planejados e bloqueia R$ 1,8 milhão

 

O advogado Demerson Richard, que defende um casal de Pirapora, no Norte de Minas, encontrou mais de 50 ações na Justiça contra a empresa, sobre o mesmo problema. Ele acredita que os donos praticavam um golpe: davam desconto pra pagamento à vista, pegavam o dinheiro e não encomendavam os produtos.

 

"Pela quantidade de clientes que já vêm sendo lesados pela não entrega do produto, pode-se configurar um golpe", afirmou.

 

A reportagem do G1 entrou em contato com o responsável pela Raro Ofício e aguarda um posicionamento.

 

Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmou que recebeu denúncias contra a empresa de possíveis crimes de estelionato, e o caso está sendo apurado na Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor.

 

"A PCMG esclarece que esse tipo de crime é de ação penal pública condicionada à representação da vítima e orienta que o cidadão lesado procure uma delegacia de polícia mais próxima da sua residência para registrar o boletim de ocorrência e propor a devida representação, como determina a Lei. Somente desse modo a investigação poderá ser iniciada", informou a instituição.

 

Fonte: G1 Minas Gerais

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