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Vendas de móveis despencam em julho

Por Jeniffer Oliveira - 13 de Setembro 2018
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Em julho de 2018, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas do comércio varejista nacional variou -0,5% frente a junho, terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando assim perda de 2,3% nesse período. Com isso, a média móvel do trimestre encerrado em julho (-0,8%) intensifica o ritmo de queda, em relação ao trimestre encerrado em junho (-0,2%).

 

Na série sem ajuste sazonal, as vendas recuaram 1,0% em relação a julho de 2017, interrompendo sequência de 15 taxas positivas seguidas e com cinco das oito atividades registrando queda. No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o volume de vendas registrou avanço de 2,3%, porém foi acompanhado somente por três das oito atividades. O acumulado em 12 meses passou de 3,6% em junho para 3,2% em julho, sinalizando perda de ritmo nas vendas.

 

Frente a junho de 2018, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas recuou 0,5%, alcançando cinco das oito atividades pesquisadas. Destaque para a pressão negativa exercida pelos setores de Móveis e eletrodomésticos (-4,8%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (-1,0%), setores que juntos pesam 30,0% do total do varejo. Ainda com queda em relação a junho de 2018, figuram: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,9%). Por outro lado, com avanço nas vendas na passagem de junho para julho, destacam-se: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,7%) e Combustíveis e lubrificantes (0,4%), setores que devolveram, em julho, parte das perdas registradas no mês anterior, respectivamente, de -3,6% e -1,9%, enquanto as vendas do segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,1%) praticamente ficaram estáveis nessa comparação.

 

Na comparação com julho de 2017, na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista recuou 1,0% com cinco das oito atividades registrando queda nas vendas. Vale destacar a influência da base de comparação elevada, considerando a liberação de recursos do FGTS, ocorrida entre março e julho de 2017. Os principais destaques negativos, por ordem de contribuição na formação da taxa global do varejo, vieram de Combustíveis e lubrificantes (- 9,2%), Móveis e eletrodomésticos (-6,9%) e Tecidos, vestuário e calçados (-8,4%), seguidos por Livros, jornais, revistas e papelaria (-10,1%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,3%). Por outro lado, pressionando positivamente, encontram-se Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%), setor de maior peso na estrutura do varejo, seguido por Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,5%).

 

 

Venda de móveis cai 7% em relação a julho de 2017

 

Analisando-se apenas o segmento de móveis o resultado das vendas de julho foi muito ruim. A queda na comparação com julho do ano passado chegou a 7%, depois de ter registrado alta de 0,4% em junho na mesma base de comparação. O resultado de julho se soma ao péssimo desempenho de maio, motivado pela greve dos caminhoneiros que derrubou as vendas de móveis em 13,3% na comparação com maio de 2017.

 

No acumulado dos primeiros sete meses do ano o volume de venda de móveis no varejo apresenta recuo de 3,7% na comparação com igual período de 2017. Os resultados das vendas de julho também afetaram o acumulado de 12 meses que em junho estava em 2,9% positivos e em julho recuou para 1,8%.

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