Casas Bahia destaca como aplica IA estrategicamente nas vendas
Para Renato Franklin, CEO do Grupo Casas Bahia, aplicar inteligência artificial (IA) exige, mais do que ação, estratégia. Com isso em mente, a companhia prepara uma série de expansões a partir de 2026, passando, principalmente, pela consolidação do uso de modelos. A fala aconteceu durante o AI Brasil Experience 2025.
O executivo destaca que o desafio do setor não está em adotar a tecnologia, mas em aplicá-la com propósito. “Hoje, 95% dos projetos de IA não trazem retorno porque são implementados sem clareza de objetivo”, afirma, reforçando que o grupo tem buscado usar a IA como meio para decisões mais inteligentes, e não como fim em si.
Em anúncio recente, vale lembrar que a varejista firmou uma parceria comercial com o Mercado Livre para vender seus produtos no marketplace.
Aplicações de IA
Entre os principais cases de IA do Grupo Casas Bahia, o executivo apresentou duas frentes que vêm transformando o desempenho das operações: sortimento e precificação dinâmica.
No primeiro, a companhia passou a definir o cluster de cada loja com base em um algoritmo que utiliza variáveis preditoras de demanda, otimizando o mix de produtos conforme o perfil local. O resultado, segundo Franklin, foi um aumento de 30% na produtividade por SKU e um ponto percentual adicional na margem de contribuição.
Já na outra área, a empresa adotou uma solução analítica que combina elasticidades e um otimizador de preços. O sistema é alimentado por objetivos comerciais e permite ajustar parâmetros de forma flexível, o que possibilita simulações de diferentes cenários de preços e margens com base em dados de mercado e comportamento do consumidor.
Black Friday movida a dados
Franklin explica que a varejista também tem aplicado a IA em ações de engajamento e campanhas sazonais, com destaque para a Black Friday 2025. As ofertas data-driven são definidas a partir da observação das buscas dos usuários e do comportamento em tempo real no e-commerce, permitindo que as equipes de marketing e comercial atuem de forma mais assertiva para converter intenção em compra.
Fonte: ecommercebrasil.com.br




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