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Como lidar com os problemas gerados pela inflação globalizada?

Por Natalia Concentino - 01 de Setembro 2022
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No âmbito do G20, o Brasil aparece com a quarta maior inflação do grupo para o mesmo período, com 10,1%

Não tem como errar. Indicadores econômicos quando apontam juros em ascendência, atividade econômica em declínio e taxa de desemprego em alta, querem dizer apenas uma coisa: ameaça ao desenvolvimento. Quando acrescido de uma inflação três vezes maior que o centro da meta, esse ambiente, em bom economês, recebe o nome de estagflação. É justamente esta combinação que assusta o Brasil. 

 

Parte substancial desse quadro deriva do ambiente externo que se mantém adverso e volátil. As pressões advindas, tanto de uma demanda por bens persistentemente alta como de choques de oferta ligados à guerra na Ucrânia, à política chinesa de combate à Covid-19, e às medidas que restringem o comércio de produtos agrícolas em países produtores de commodities, podem ter consequências de longo prazo e se traduzir em pressões inflacionárias prolongadas. Algumas economias avançadas sugerem pressões mais ainda fortes.

 

Mais recentemente, o mundo tem observado certa normalização incipiente nas cadeias de suprimento e uma acomodação nos preços das commodities. Aliada à recomposição nos estoques de produtos industrializados, esses movimentos podem implicar moderação nas pressões inflacionárias vinculadas a bens, item que estimulou os preços no retorno da atividade econômica mundial, devido a uma elevada demanda reprimida combinada com escassez de suprimentos...LEIA MAIS

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