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E-commerce deve chegar a 11% do varejo este ano

Por Natalia Concentino - 23 de Outubro 2020
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Para o Goldman Sachs, a retomada das operações nas lojas físicas e as menores restrições à mobilidade devem representar uma desaceleração “apenas marginal” para o comércio eletrônico no terceiro trimestre deste ano. O banco revisou suas estimativas para o e-commerce brasileiro e projeta crescimento de 53% em 2020, ante 43% das projeções anteriores, o que representa participação de 11% em todo o varejo do país.

De acordo com relatório divulgado hoje, os dados de aplicativos das varejistas caminham para uma aceleração de 84% no número de downloads, após passarem quatro semanas em alta de 64%. “Essa aceleração pode sugerir um desvio da consistente tendência de desaceleração observada nos meses de julho a setembro”, afirmam os analistas.

Dados da Compre & Confie indicam que no terceiro trimestre deste ano o e-commerce já ultrapassou toda a receita do ano passado, o que, segundo o Goldman Sachs, deve representar uma alta de pelo menos 40% em relação ao mesmo trimestre de 2019.

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O aplicativo Americanas, da B2W, registrou uma aceleração nas duas últimas semanas, enquanto o aplicativo do Mercado Livre teve taxas de crescimento “voláteis” e se tornou o terceiro da categoria mais baixado neste ano, ultrapassando Casas Bahia, da Via Varejo.

Já os apps da Amazon e do Magazine Luiza se destacaram no final de semana de 11 de outubro. Para o Goldman Sachs, o app da Amazon se beneficiou da temporada de promoções do Prime Day, enquanto o Magalu trabalhava com uma base de comparação mais baixa.

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Segundo estimativas do Goldman Sachs, os downloads de aplicativos do segmento de beleza estão voláteis, com crescimento de 111% entre 28 de setembro e 11 de outubro. Um exemplo é o aplicativo do Boticário, que “seguiu uma tendência similarmente volátil com um crescimento relativo muito mais lento”, apesar de ter avançado mais de 100%. Já o aplicativo da Natura mantém patamar estável, enquanto o da Raia Drogasil segue em queda após atingir um pico de downloads em agosto.

No vestuário de moda, a C&A Brasil possui o aplicativo mais baixado no último ano, mas registrou desaceleração na última semana, de 512% para 412% de alta. As Lojas Renner “permanecem voláteis, com tendências inconsistentes”.

(Com informações do Valor Econômico)

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