Inflação da indústria de móveis sobe 13,5% de janeiro a agosto
Em agosto, os preços da indústria subiram 1,86% frente ao mês anterior. Todas as 24 atividades analisadas tiveram alta de preços, o que só havia ocorrido em agosto de 2020. Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP) divulgado quarta-feira (29) pelo IBGE, que mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. No ano, o aumento acumulado nos preços da indústria chegou a 23,55% e, em 12 meses, a 33,08%.
“A demanda aquecida do comércio internacional e a desvalorização do Real frente ao dólar vêm impactando os preços industriais no mercado interno. O movimento dos preços do minério de ferro e do óleo bruto do petróleo, por exemplo, afeta de forma quase direta os setores de químicos, de refino e de metalurgia. No setor alimentício, as exportações de commodities, como soja e milho, pressionam para cima os custos das rações para animais e, por consequência, das carnes”, esclarece Manuel Souza Neto, gerente do IPP.
Inflação da indústria de móveis
Depois de bater mais de 3% de alta em fevereiro, os preços na indústria de móveis oscilaram para baixo nos meses seguintes, como se vê no gráfico 1 abaixo. Em maio os custos ficaram praticamente estáveis, mas voltaram a subir gradativamente em junho, julho e agosto.
Com estas variações, o acumulado do ano alcançou 13,51% entre janeiro e agosto (veja gráfico 2), refletindo os aumentos dos preços de matérias-primas, insumos, energia elétrica, entre outros.
Em 12 meses os preços de móveis na indústria aumentaram 28,37%, segundo a pesquisa mensal do IBGE.
Gráfico 1
Gráfico 2
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