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Movimento no mercado de capitais bate recorde no 3º trimestre

Por Natalia Concentino - 15 de Outubro 2021
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Neste terceiro trimestre, as emissões de mercado de capitais chegaram ao volume de R$ 404,8 bilhões (9 meses). Esse volume registrado no mercado doméstico é 8,8% superior ao total emitido em 2020, e o segundo maior da série histórica. Ressalta-se que ofertas em análise e em andamento somam ainda R$ 21 bilhões.

Entre os destaques do período, está a renda variável com R$ 123,7 bilhões em nove meses e já com o melhor ano desde 2015. Foram 45 IPOs, movimentando R$ 63,4 bilhões e 23 follow-ons (R$ 60,3 bilhões). Os maiores subscritores dessas ofertas continuam sendo os fundos de investimento (47,4%) e os investidores estrangeiros (36%).

A renda fixa e os instrumentos híbridos captaram R$ 281,1 bilhões. As captações de debêntures somam R$ 155,4 bilhões, 27% maior do que no ano de 2020.

Houve também uma mudança do perfil de prazo das emissões de debêntures, 40,6% das operações saíram com prazos entre quatro e seis anos e 30,5% foram emitidas com vencimentos acima de sete anos, indicando uma tendência de alongamento de prazos na emissão dos papéis. É indicativo de número recorde desse instrumento de renda fixa.

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Outro aspecto relevante no período, é o aumento de fusões e aquisições (M&A) no país. A combinação de liquidez em alta de empresas atraentes e de IPOs alavancou o movimento de M&A com uma intensidade que não se via há uma década. Até agosto, o volume de transações atingiu US$ 62 bilhões e pode dobrar até o fim do ano, com a volta dos investidores estrangeiros.

Os desembolsos do primeiro semestre do BNDES chegaram a R$ 23,9 bilhões e o esperado para 2021 é de ficar acima de R$60 bilhões.

Paulo de Tarso V. Barbosa

Sócio/Diretor Comercial da Proinvest/finance

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