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Na economia nada está tão ruim que não possa piorar

Por Edson Rodrigues - 03 de Março 2025

No programa desta semana Ari Bruno Lorandi traz uma análise dos números do varejo do Brasil, mostrando quanto representa o setor de eletromóveis.

 

Também volta a tratar do imbróglio entre os fundadores da Tok&Stok e a Mobly. O casal Dubrule está cobrando indenização na justiça que pode chegar a R$ 350 milhões.

 

Mostra o que Saiu na Mídia de mais importante na semana tratando sobre empresas e empresários do setor moveleiro.

 

No Cá Entre Nós Lorandi alerta para os problemas que as pequenas e médias indústrias podem continuar enfrentando em 2025, depois de problemas com dívidas que vêm de 2024.

 

“As dificuldades devem continuar com o cenário desafiador que projeta Selic a 15%, inflação de 5,65% e dólar em R$ 5,99 ao fim de 2025. Os dados mais recentes da Serasa mostram que 6,9 milhões de empresas terminaram o ano passado inadimplentes, número que equivale a 31,6% de todas as companhias brasileiras. Os micro e pequenos negócios representam a imensa maioria dos negativados, com 6,5 milhões de CNPJs”, destaca Lorandi em um trecho de seu comentário.

 

Assista o vídeo no player acima ou leia abaixo.

 

De frente para os números

 

O ranking 2023 da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) indica que entre os 30 maiores varejistas do País (incluindo e-commerces), 28 são de móveis e eletros. Estas empresas faturaram R$ 91,5 bilhões em 2022, ou seja, 61% dos 157 bilhões movimentados pelo varejo de eletromóveis naquele ano, segundo o IPC Maps.

 

Dados do IBGE revelam que o Consumo das Famílias, principal referência do volume que o varejo movimenta no País, alcançou R$ 6,25 trilhões em 2022.

 

De acordo com estimativa elaborada pela SBVC, as vendas do varejo analisadas neste Ranking (Varejo Restrito mais materiais de construção) chegaram a R$ 2,14 trilhões em 2022, com um crescimento real de 1% em relação ao ano anterior.

 

Portanto, isso mostra que: as vendas de varejo representam 34,2% no consumo das famílias e móveis e eletros representam 7,3% das vendas totais do varejo. Pelo menos foi isso em 2022.

 

Mobly na berlinda de novo

 

Informação do Uol apontam que a briga de Régis e Ghislaine Dubrule, fundadores da Tok&Stok continua rendendo. Em um processo de arbitragem que corre em sigilo, sendo que a primeira audiência de arbitragem ocorreu há 15 dias, os Dubrule reclamam da impossibilidade de se tornarem novamente controladores do negócio e de executar antecipadamente a dívida que a empresa tinha com eles. O valor pedido de indenização pode ficar entre R$ 250 milhões e R$ 350 milhões. 

 

A família pede, ainda, a anulação de atos da gestora SPX que levaram à venda da varejista. 

Brigar com francês custa sempre mais caro.

 

Saiu na Mídia

 

Flex do Brasil comunicando mais uma loja inaugurada no Rio de Janeiro, a Simmons Freeway Barra, ambiente moderno e acolhedor, com variedade de produtos de alta tecnologia.

O grupo K1 anunciando que é pioneira na conversão de empilhadeira à combustão para elétrica.  projeto, desenvolvido no Setor de Manutenção da própria empresa, reflete o compromisso do grupo K1 com a inovação e a sustentabilidade. 

 

A Falkk comemorando o relançamento da marca com uma nova linha de produtos e uma nova marca. A materialização desse desafio, aconteceu com o lançamento de uma belíssima linha de produtos na Movelsul em Bento Gonçalves. 


Leonardo Gazzoni comunicando sua ascensão ao cargo de diretor comercial da Arte Cúbica Indústria De Móveis Ltda, uma empresa brasileira localizada no interior do Rio Grande do Sul, na cidade de Muçum que atua no setor de estofados e colchões. 

 

Nada está tão ruim na economia que não possa piorar

 

Crédito mais caro e inacessível para empresas e consumidores pode levar muitas empresas pequenas e médias a enormes dificuldades este ano

 

2024 terminou com 2.273 empresas pedindo recuperação judicial no Brasil. O cenário de juros e inflação altos vem castigando principalmente as micro, pequenas e médias empresas, responsáveis por 92% dos pedidos de RJ, segundo dados da Serasa Experian. 

 

As dificuldades devem continuar com o cenário desafiador que projeta Selic a 15%, inflação de 5,65% e dólar em R$ 5,99 ao fim de 2025. 

 

Os dados mais recentes da Serasa mostram que 6,9 milhões de empresas terminaram o ano passado inadimplentes, número que equivale a 31,6% de todas as companhias brasileiras. Os micro e pequenos negócios representam a imensa maioria dos negativados, com 6,5 milhões de CNPJs. 

 

As empresas de pequeno porte são vistas como devedoras arriscadas pelos bancos. E, em 2024 a concessão de crédito cresceu 11%, atingindo o patamar recorde, e isso acendeu o alerta do Banco Central que na semana passada recomendou “cautela e cuidados adicionais” na concessão de crédito.

 

Os juros altos também têm o objetivo de frear o consumo, outro fator que pode impactar diretamente as empresas menores. As famílias terão menos acesso a financiamentos para compras principalmente de bens duráveis – móveis inclusive – e os gastos do dia a dia ainda são atrapalhados pela contínua alta dos preços.

 

Claro que as famílias vão selecionar melhor o que será prioridade nesse cenário e, sabemos nós que móveis nesta situação não é prioridade.

 

Um estudo da Confederação Nacional do Comércio mostrou que 15,9% da população considerava estar “muito endividada” em janeiro, contra 15,4% em dezembro, e  20,8% dos brasileiros destinaram mais da metade dos rendimentos às dívidas, o maior porcentual desde maio de 2024.

 

Outro fator de risco está no perfil da dívida das empresas. Segundo a Serasa, cada Micro e Pequena Empresa tinha, em média, 6,9 contas atrasadas em dezembro do ano passado. 

 

Cá entre nós: Em um cenário desafiador como esse é fundamental conhecer os fatores que podem afetar o seu negócio. O empreendedor deve saber como os juros, os preços das matérias-primas e outras variáveis impactam sua operação. Assim, cada vez mais o planejamento financeiro é o caminho para evitar o agravamento das consequências do quadro econômico atual. 

 

Não esqueça: na economia do Brasil, nada está tão ruim que não possa piorar. 

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