Sinais de um 2026 sem fôlego?
No Cá Entre Nós dessa semana, Ari Bruno Lorandi fala sobre o desempenho da indústria moveleira neste ano e o que esperar para 2026. “O Brasil até abriu o ano de 2025 com força. Em janeiro e fevereiro, a produção industrial de móveis acumulada estava crescendo acima de 8%, chegando perto de 10%. Mas a partir dali começou uma queda lenta, contínua, um esfriamento quase imperceptível mês a mês. Em abril, o acumulado já tinha recuado para 3,9%. Em julho, 1,2%. Em setembro, praticamente zero. E em outubro… virou negativo. Ou seja: dez meses seguidos de perda de ritmo. E isso é clássico de um ano que termina sem impulso para o próximo”, alerta.
Após essa análise nacional, Lorandi fala sobre o desempenho dos três estados do Sul, os maiores produtores de móveis do Brasil. “O Paraná foi bem no início: acumulou mais de 11% de crescimento em fevereiro, mas também entrou no mesmo corredor de desaceleração. A pesquisa de outubro deve confirmar produção positiva, mas dá para ver que a força foi ficando para trás”.
O apresentação destaca que “Santa Catarina teve o melhor começo de todos — passou dos 13% no primeiro trimestre. Mas também perdeu força: de 13% cai para 10, depois 8, depois 6… e chega em setembro com 1,5%. É uma freada brusca.
E o Rio Grande do Sul teve um ano profundamente afetado. Começou já fraco, caiu no negativo cedo, e depois despencou de vez. Em setembro, o estado acumulava -4,4%. É um retrato duro de um ano atípico, difícil e cheio de dificuldades produtivas”.
Com tudo isso, o apresentador avalia: quem quiser crescer em 2026 terá que criar oportunidades. “É hora de olhar para dentro da fábrica, rever custos, eficiência, canais, processos e, principalmente, inovação. Porque é nos anos sem crescimento que as empresas que planejam melhor ganham terreno sobre as outras”.
E Lorandi conclui com uma frase: “Não é o cenário que define quem prospera — é a capacidade de ler o cenário antes dos outros”.
Assista ao comentário completo no player acima.
NOTÍCIAS
Arábia Saudita puxa transformação do mercado moveleiro no Golfo
O mercado de móveis nos países do Conselho de Cooperação do Golfo, que reúne Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar, Omã, Kuwait e Bahrein, vive hoje uma fase de expansão intensa. Impulsionado por grandes volumes de investimento, planos governamentais ambiciosos e uma forte dependência de móveis importados, o setor está se reposicionando como um dos mais dinâmicos do mundo emergente.
Estimativas do CSIL (Centro de Pesquisa Econômica de Milão) mostram que o consumo total de móveis na região alcançou cerca de US$ 6,5 bilhões, pouco mais de um terço do mercado moveleiro do Brasil, em 2024 teve crescimento de 10% em relação a 2019. Arábia Saudita e Emirados Árabes são os motores dessa evolução, cada um superando a marca de US$ 2 bilhões em consumo.
Tudo pela metade do dobro: móveis 42% mais caros antes da Black Friday
No Brasil nada muda e todos querem levar vantagem em qualquer situação. Não há nada que perdure, porque os maus sempre conseguem um jeito de destruir o que poderia ser positivo. Um bom exemplo é o que aconteceu na Black Friday.
Uma Pesquisa da BigDataCorp revela que varejistas adiaram promoções, elevaram preços no mês anterior ao evento e ofereceram os maiores descontos apenas na data principal, dia 28 de novembro.
Muitos consumidores desconfiados a respeito dos descontos da Black Friday costumam chamar a data de “Black Fraude” – e eles não estão errados. A pesquisa identificou segmentos que tiveram altas expressivas de preços nas semanas prévias a data de descontos, como os móveis, que subiram 42%. E para justificar descontos, no dia da Black Friday, os móveis diminuiram de preço em 32,9%. Mais de 9% dos aumentos foi para o bolso dos varejistas.
Prepare sua empresa para 2027
Consumidor do Futuro 2027: emoções, principal previsão da WGSN, revela seis emoções impulsionadoras que ditarão o comportamento do consumidor em 2027. Conheça essas emoções e adote-as como o fio condutor de seus argumentos, para criar estratégias de negócios e linhas de produtos. Veja 3 delas: Alegria estratégica: ferramenta para enfrentar a negatividade e reconstruir o mundo como um espaço mais inspirador, inclusivo e acolhedor. Desvontade: o desejo de “se livrar de responsabilidades” definirá 2027, com as pessoas cada vez mais exaustas diante da multicrise. Otimismo cético: com a crescente preocupação sobre o papel da tecnologia e da IA, as pessoas equilibrarão o otimismo com a desconfiança.
Assista ao 10 Minutos com Ari Bruno Lorandi na íntegra clicando no player acima.




Comentários