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Novo Bolsa Família é o grande gatilho para o mercado moveleiro

Por Natalia Concentino - 01 de Outubro 2021
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse recentemente que o governo tem como “prioridade zero” a efetivação do Bolsa Família com valor de R$ 300. De acordo com ele, os recursos do programa social serão bancados com recursos advindos do imposto de renda e estarão dentro do teto de gastos do governo federal.

“A agenda, prioridade zero, é Bolsa Família de R$ 300. O presidente já disse que é R$ 300, dentro do teto e com responsabilidade fiscal”, disse o ministro. Guedes também criticou alguns empresariais que são contrários à reforma tributária do imposto de renda. “Inadvertidamente, às vezes, o mundo empresarial vai a Brasília, e faz um lobby contra o imposto de renda. Ele, na verdade, está inviabilizando o Bolsa Família”, ressaltou.

E, vale lembrar o impulso que o auxílio emergencial pago por conta da pandemia proporcionou ao consumo, inclusive de bens duráveis. Foi a partir de junho de 2020 que as vendas de móveis dispararam no País, com números batendo na casa de 30% como ocorreu nos meses de julho (29,1%), agosto (39,9%), setembro (32,5%) e outubro (30,8%). Até junho a variação no acumulado do ano encontrava-se negativa em -4,5%, mas fechou o ano em alta de 11,9%.

No Nordeste, onde a população depende ainda mais de auxílio governamental, os resultados no segundo semestre de 2020 foram ainda melhores. Na Bahia, maior mercado para móveis da região, em julho as vendas de móveis aumentaram 54,2%, em setembro bateu em 72,7% e mais 66,1% em outubro, na comparação com iguais períodos de 2019.

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A expectativa dos empresários do setor é grande quanto a chegada do Auxílio Brasil, nova denominação do bolsa família, agora turbinado por um valor maior. Até a chegada do Auxílio Emergencial, que complementou o Bolsa Família, cada família beneficiada pelo programa recebia R$ 189,00.

E o ministro Paulo Guedes, ainda sobre as críticas de empresários, ameaçou: “Isso vai produzir uma reação do governo que é a seguinte: então quer dizer que não tem fonte de receita para Bolsa Família? Não tem tu, vai tu mesmo. Então bota aí R$ 500 logo de uma vez e é auxílio emergencial. A pandemia está aí, a pobreza está muito grande, vamos embora”, acrescentou.

(Por Ari Bruno Lorandi, com informações Agência Brasil)

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