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Preço de móveis supera inflação no acumulado janeiro a outubro

Por Natalia Concentino - 10 de Novembro 2021
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A escassez de matérias-primas fez o preço de móveis disparar nos últimos meses e o resultado pode ser observado na variação do IPCA. Em outubro de 2020, já com a retomada das vendas em muitas lojas físicas, o IPCA de móveis subiu 1,55% ante 0,86% do IPCA geral. Colchão, um dos itens mais procurados à época e o que sofreu as maiores altas com matérias-primas, chegou a bater em 16,30% apenas naquele mês.

No mês de outubro passado, com preços de insumos mais comportados, a alta do IPCA de móveis subiu 1,89% para um índice geral de 1,25%. E a alta dos colchões foi de “apenas” 3,38%.

Quando se analisa o comportamento dos preços no varejo no âmbito dos estados, em outubro de 2020 a maior alta para móveis foi registrada em Belo Horizonte, com 3,75% e o item colchão chegou a subir incríveis 20,65%. Em outubro deste ano, mesmo mais comportado, colchão na capital de Minas subiu 5,03% ante 1,83% dos móveis.

Mas, quando se analisa o comportamento dos preços de móveis em um período maior, eles se apresentam mais estáveis, refletindo também a estabilidade dos custos de matérias-primas e insumos.

De janeiro a outubro do ano passado, o item móveis recuou 7,32% para um IPCA geral de 2,22%. No mesmo período deste ano, para um IPCA geral de 8,24% móveis subiu 10,59%. O item colchão, que havia registrado alta de 25,51% nos primeiros nove meses do ano passado, recuou agora para 3,27%.

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No caso específico de colchão, não é apenas a estabilidade dos insumos que explica tal comportamento. É muito mais em razão de novos lançamentos com preços menores. Nos últimos meses a indústria de colchões vem praticando o chamado downgrade, depreciando preços pelo uso de menor quantidade de materiais nos colchões.

Veja abaixo o desempenho dos preços no varejo em outubro de 2020 e de 2021 e o acumulado do ano passado e deste ano, segundo a pesquisa do IPCA, levantamento mensal do IBGE:

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